Foto: Felipe Poleti/CCS
Resultado é fruto da parceria entre o PMCA e
Guarda Civil, que garante maior segurança à população durante
vistoria casa a casa
A
parceria entre a Guarda Civil e o Plano Municipal de Combate ao Aedes (PMCA) já
apresenta os primeiros resultados positivos. Segundo Sebastião Amaral Campos, o
Tom, coordenador do PMCA, desde que o apoio da GC começou o número médio de
residências que abriram as portas aos agentes da dengue subiu 9,5%. “Nas ações
localizadas em bairros, que tínhamos baixa adesão da população, o resultado foi
muito positivo. Com maior abrangência, o combate à dengue tende a ser mais
eficaz”, disse.
No começo do mês, a coordenação do PMCA se reuniu com o comando da GC e membros das empresas terceirizadas que dão apoio aos trabalhos para avaliar os resultados. No encontro, foi mostrada a estratégia de atuação nos meses de outubro e novembro, com o foco em visitar os bairros com maior dificuldade de os agentes conseguirem fiscalizar os imóveis, seja por recusas ou por não encontrar o proprietário naquele momento.
Foto: Felipe Poleti/CCS
Segundo
o levantamento, a força-tarefa especial passou por 20
bairros (regiões), onde antes do apoio da GC o total de residências trabalhadas
foi – em média – 20 mil, após o apoio a abrangência foi para mais de 22.300
imóveis, aumento de 9,5%.
“O
objetivo principal é dar mais segurança aos munícipes, facilitando a entrada
dos agentes de saúde e diminuir o número de recusas e isso vem sendo alcançado.
Portanto, todos saímos ganhando, a população, os agentes de saúde e qualidade
no trabalho de controle da dengue. Os trabalhos preventivos continuam e as
ações especiais seguem acontecendo de forma organizada sempre que necessário”,
completou Tom, ao reforçar que os munícipes que não permitirem a vistoria por
parte dos agentes recebem notificação e, caso persistam na recusa, receberão
multa no valor de R$ 1.141.
O
exemplo de sucesso da parceria citado pela coordenação do PMCA ficou para o
bairro Jardim Elite. Em julho, antes do apoio da GC, 188 residências receberam
os agentes e 17 recusaram a vistoria da equipe da dengue, ou seja, 9% das casas
recusaram a visita. Após a parceria, a partir de outubro, o número de casas
visitadas saltou para 605, ou seja, um crescimento de 221% nos imóveis
atendidos; proporcionalmente, neste mesmo bairro, a porcentagem de recusas
também foi menor, com 29 recusas, cerca de 5% do total. Na comparação entre os
períodos, a queda é estimada em 4%. Outros bairros que também registraram
quedas significativas foram Jardim Monumento, Vale do Sol, Mário Dedini e Monte
Líbano, com queda média de 2% nas recusas.
Foto: Felipe Poleti/CCS
AGENTES – O
trabalho dos agentes no controle de possíveis criadouros do mosquito Aedes
aegypti no Município é pautado na segurança e confiança da população. Mesmo
antes da parceria com a GC, os agentes do programa nunca atuaram sozinhos e
sempre estão devidamente identificados com uniforme e crachá, assim como os
veículos da Prefeitura e da empresa terceirizada são identificados. Os agentes
realizam a vistoria apenas na área externa das residências e usando máscara, em
prevenção à Covid-19. Além disso, dias antes um carro de som vai até o bairro
anunciar com antecedência a visita dos agentes para realizar a vistoria.
Sidney
Miguel da Silva Nunes, comandante da Guarda Civil, reforça que a parceria com o
PMCA é muito importante para proporcionar mais segurança e credibilidade nas
ações junto à população. “Foi ótima a ideia desenvolvida pela equipe
da dengue. Eles nos procuraram, expuseram a situação e as dificuldades
enfrentadas junto aos moradores, o que é completamente compreensível, já que na
época em que vivemos muitas pessoas têm caído em golpes principalmente quando
os bandidos se passam por agentes da dengue e estão, inclusive, uniformizados”,
disse.
Para
o comandante Nunes, o resultado positivo mostra que a decisão tomada foi a
correta. “Nós da Guarda Civil precisamos dar suporte para funcionamento pleno
das atividades de todas as Secretarias e, por isso, nada mais justo que sermos
parceiros e trabalhar pelo bem da comunidade”, completou.
NOVAS AÇÕES – Com
a chegada das festas de fim de ano e a proximidade do Verão, a coordenação do
PMCA programou ações da força-tarefa em sete regiões de maior movimento nos
corredores comerciais nas seguintes datas, sempre das 9h às 12h: av. São
Paulo, 15/12; av. Raposo Tavares, 22/12; para o ano de 2022 a primeira
ação será na av. Rio das Pedras, 05/01; depois na av. Manoel
Conceição, 12/01; rua do Rosário, 19/01; av. Rui Barbosa, 26/01;
e rua Gov. Pedro de Toledo, 02/02.
Conforme ressalta o secretário de Saúde, Filemon Silvano, o combate à dengue e ao seu mosquito transmissor deve ser constante. “É por isso que a Prefeitura não para com suas ações de fiscalização, conscientização e educação junto à sociedade.
É
preciso que todos nós entendamos o nosso papel no combate a essa doença.
Estamos e vamos continuar fazendo de tudo para evitar surtos de dengue em nossa
cidade”.
CASOS – Em 2021, até sexta-feira (10/12), Piracicaba registrou 5.336 casos de dengue, enquanto que no mesmo período de 2020 e 2019, respectivamente, foram registrados 1.375 e 4.085 casos, segundo dados da Vigilância Epidemiológica (VE).
Apesar do número de casos confirmados neste ano, a cidade não passa por momento de surto da doença tendo em vista que, de 1º de outubro – quando eram 5.275 casos confirmados – até agora, foram apenas 61 novos casos; no período mais crítico do ano, entre 7 de maio (com 3.401 casos) a 8 de julho (com 4.904), o número de novos casos foi de 1.503, ou seja, a comparação entre os períodos mostra relevante diminuição dos registros de dengue na cidade.