Foto: Danilo Telles/ Rádio Metropolitana
O Verão começa oficialmente às 12h59, hora de Brasília, que vale para grande parte do território brasileiro, obedecendo o fuso horário de – 3 horas para o Tempo Universal. No hemisfério sul onde nos encontramos, a estação de maior duração é o Inverno e de menor duração é o Verão. Isso acontece porque as estações do ano não apresentam a mesma duração devido ao movimento elíptico da Terra ao redor do Sol que apresenta valores diferentes em decorrência da Lei das áreas de Johannes Kepler. É pois o fato da Terra estar inclinada 66° 33’ em relação ao plano de sua órbita que faz com que a luz solar incida diferentemente nos dois hemisférios. Se não fosse essa inclinação, não haveriam estações do ano. Percorrendo caminhos diferentes no céu durante o ano, já notou que o Sol ilumina sua casa de modo diferente?
C u r i o s i d a d e s
Nesta terça-feira irá acontecer o dia mais longo do ano, 13:35 e, conseqüentemente, a noite mais curta com 10:25. Má noticia para aqueles que curtem as madrugadas. Por volta das 13:04 o Sol está praticamente “a pino” na cidade e os objetos não projetarão sombra e tampouco para você. Isso acontece porque a luz solar estará incidindo sobre o Trópico de Capricórnio de 23°44, próximo a latitude de Piracicaba que é de -22° 42’. O fenômeno La Niña está de volta e só vai perder força na primavera de 2022. No Amazonas chuvas mais abundantes, maior precipitação no Nordeste, no sul temperaturas sobem e há maior ocorrência de secas. Já no Sudeste e Centro Oeste os efeitos são imprevisíveis.
P r o t e j a - s e, o s
r a i o s v e m aí.
O calor no verão se caracteriza pela interação da umidade continental equatorial com a umidade oceânica trazida pelo forte aquecimento diurno o que resulta em pancadas de chuva, eventualmente granizo , trovoadas, ventos fortes e relâmpagos. Nesse caso, estando ao ar livre, procure um abrigo. Dentro de casa, evite tomar banho, usar chuveiro, torneira elétrica, usar telefone e ligar motores elétricos. Fora de casa afaste-se de cercas de arame, linhas telefônicas, campos abertos, árvores muito altas, piscina, lagos, praias, postes e lugares altos. Nos últimos anos tem aumentado a incidência de raios e com isso o número de mortes.
D i c a s p a r
a r e s p e i t a r o S
o l
Beber muita água ajuda
a manter o equilíbrio do organismo; achar que o mormaço queima mais que o Sol
sem prejudicar a pele é um mito; Sol em excesso provoca câncer de pele; bronzeador
solar não deve ser usado em hipótese alguma; protetor solar não protege
totalmente a pele; não existe creme
hidratante. É um erro supor que a epiderme pode ser recuperada após ter sido
exposta ao Sol; antes de se expor ao Sol procure um dermatologista para
ter um receituário correto para a sua
pele; evite o Sol nos períodos indicados
pois, do contrário, poderá ser tarde demais.
Nelson Travnik é
astrônomo no museu Aberto de Astronomia de Campinas e Membro Titular da
Sociedade Astronômica da França.