Foto: Justino Lucente/ CCS Prefeitura de Piracicaba
Prefeitura disse que após análise, repassará menor índice para reajuste da tarifa do transporte coletivo.
51% dos usuários utilizam o
vale-transporte e, por isso, não sentirão impacto, uma vez que o desconto no
salário é fixo e a outra parte é paga pelo empregador; índice considerou apenas
a variação da inflação.
Após levantamento sobre o impacto financeiro sofrido no transporte público em meio à alta nos preços dos insumos, a Prefeitura de Piracicaba repassará ao usuário o menor reajuste da tarifa do transporte coletivo, considerando apenas a variação da inflação do acumulado dos últimos dois anos. A tarifa única passará de R$ 4,80 para 5,60 a partir de 4 de janeiro. De acordo com a Semuttran (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, Trânsito e Transportes), 51% dos usuários utilizam o vale-transporte e para esse público não haverá impacto, uma vez que o desconto no salário é de 6% e o restante do valor é pago pelo empregador.
Para a
tarifa social, que é o valor pago por 21% dos usuários, o reajuste foi o menor,
inferior a 14%. Essa tarifa passou de R$ 4,30 para R$ 4,90.
"Aplicamos
o menor índice de correção possível, para definir um valor no qual o sistema
consiga se sustentar. Lembrando que a Prefeitura continuará subsidiando o
transporte coletivo e o custeio dos descontos e gratuidades, como 100% para
idosos 60+, para pessoas com deficiência e para aposentados por invalidez e 50%
para estudantes. Vale ressaltar, ainda, que o reajuste não considerou a
estimativa da inflação para 2022 e, por isso, a Prefeitura subsidiará também a
variação inflacionária do próximo ano”, explica a responsável pela Semuttran,
Jane Franco Oliveira.
Jane
lembra, ainda, que há mais de dois anos não ocorre o reajuste na tarifa e,
neste período, todos os itens que a compõem sofreram reajustes. “O diesel, por
exemplo, somente neste ano, teve alta em torno de 65%”, comenta. “Sendo assim,
se fôssemos considerar tudo que engloba o transporte público, como diesel,
manutenção, mão de obra, entre outros, esse aumento poderia ter sido maior,
cerca de 25%”, complementa a secretária.
Com a alta dos insumos, a
tarifa do transporte coletivo tem sido amplamente discutida por vários
municípios. A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) se mobilizou para pedir apoio
ao Governo Federal para que repasse, pelo menos, o valor que corresponde às
gratuidades do serviço para idosos.
Confira abaixo
a composição dos usuários do transporte público:
- 51% - vale-transporte
- 21% - tarifa social
- 15% - venda a bordo
- 6% - embarque nos terminais
- 3% - escolar
Publicação: Danilo Telles/ Jornalista RMPTV