Representantes
de 22 entidades sindicais, a maioria delas do Instituto do Conselho das
Entidades Sindicais de Piracicaba tiveram uma reunião com o presidente da
Câmara Municipal de Piracicaba e a sua Mesa Diretora. Na pauta o aumento da
tarifa de ônibus urbano de 16,7% anunciado pelo prefeito de Piracicaba.
José
Antonio Fernandes Paiva explicou aos vereadores que a decisão foi exclusiva do
prefeito já que a empresa prestadora de serviços não solicitou qualquer
reajuste. “outro fato que nos causa estranheza é que está em curso uma
licitação para o transporte público que será aberta no dia 24 deste mês com
tarifa referência de R$ 4,80. Não entendemos a razão do prefeito antecipar esse
reajuste se a licitação está em curso”, questiona Paiva.
As
entidades protocolaram um documento ao presidente da Câmara que tem outros argumentos.
“A população mais carente é a que mais sofre com os efeitos do aumento da
tarifa de ônibus. É também quem mais sofre com o aumento de preços da carne, da
energia elétrica, do serviço de água - que também teve sua tarifa reajustada em
Piracicaba - e do combustível, um dos itens que mais afeta a inflação e corrói
o poder de compra do assalariado. Por tudo isso, não podemos concordar com esse
aumento abusivo, exigimos o cancelamento do aumento da tarifa e início imediato
de uma discussão com a sociedade para que sejam adotados mecanismos para
reduzir os valores das passagens e construirmos o transporte público e
gratuito”, diz parte do texto.
As entidades sindicais solicitaram aos vereadores que marquem uma reunião urgente com o prefeito no sentido de cancelar o aumento da tarifa. “apelamos ao Exmo. presidente da Câmara Municipal de Piracicaba para que articule com os vereadores reunião junto ao prefeito municipal, de forma urgente, para debater este tema que afetará a vida de milhares de piracicabanos”, finaliza o ofício.
MESA DIRETORA – O
presidente da Câmara, Gilmar Rotta (Cidadania), declarou que buscará diálogo
com a secretária de Mobilidade Urbana, Trânsito e Transportes (Semuttran),
Jane Franco Oliveira, e marcar uma reunião com o prefeito Luciano Almeida, para
encontrar uma solução que não onere os usuários do transporte público.
"Estamos há dois anos em uma pandemia, o índice do desemprego na cidade
está altíssimo. O aumento da tarifa de água, o aumento do IPTU e, agora, o
aumento da tarifa do transporte público vai refletir na mesa do trabalhador”,
afirmou.
O vereador Acácio Godoy (PP),
vice-presidente da Câmara, apoiou o diálogo entre a prefeitura, Câmara e
representantes dos sindicatos. “Não tem que repassar mais nada ao trabalhador,
a empresa não pediu o reajuste”, disse.
Thiago Ribeiro (PSC), suplente da
vice-presidência, afirmou ser “preocupante” o fato de que a empresa contratada
para prestar serviços de transporte público não ter solicitado o reajuste da
tarifa.
Já a primeira-secretária, Ana Pavão (PL), agradeceu os sindicalistas por terem procurado a Câmara e afirmou que a Mesa Diretora da Câmara tem toda as condições para buscar o diálogo nesta processo.
Publicação: Danilo Telles/ Jornalista RMTPV