Foto: Andressa Mota/ CCS
Vacinação teve início em 21/01/21 em Piracicaba; hoje já são mais de 789 mil doses aplicadas
Nesta sexta-feira, 21/01, completa um ano que a auxiliar
de enfermagem Gertrudes Barbosa recebeu a 1ª dose da vacina contra a Covid-19.
Ela foi a primeira pessoa a começar a imunização por meio da vacinação em
Piracicaba. Até o momento, 20/01, a Prefeitura de Piracicaba
aplicou mais de 789 mil doses e 83% da população já está com o esquema
vacinal completo. Essas doses de esperança aplicadas no braço de cada
piracicabano pelos profissionais da Secretaria Municipal de
Saúde têm mostrado impacto em especial na redução de casos
graves da Covid, mesmo em meio ao cenário atual, com a variante
Ômicron, mais transmissível.
De acordo com o Vacinômetro do Governo do Estado, até o momento,
foram aplicadas em Piracicaba 344.768 primeiras doses, 329.648 segundas doses,
10.771 doses únicas e 104.751 doses adicionais/3ª dose. "Quando a vacina
chegou foi um sopro de esperança, foi muito emocionante o dia que fizemos a 1ª
dose da vacina, inclusive com pessoas da nossa equipe que foram às lágrimas. De
lá para cá, a gente foi tendo novas variantes, Delta, Ômicron, mas a vacina
sempre se mostrando a grande forma de a gente se prevenir dessa doença,
principalmente de casos mais graves e óbitos", afirma o coordenador do
Cevisa (Centro de Vigilância em Saúde), Moisés Taglietta.
Gertrudes conta que ficou muito feliz em ser vacinada contra a
Covid-19. "Vi ali a esperança. Agora sou reconhecida até na escola que meu
neto estuda. Ele me contou que, em uma das matérias que falou sobre as vacinas,
citaram o meu nome como a primeira vacinada da cidade", conta
Gertrudes, que na época da vacinação com a 1ª dose atuava na UPA
Piracicamirim, unidade de referência nos casos de Covid em Piracicaba, e hoje
trabalha na UPA Vila Sônia. Ela conta que não pegou a doença e que já recebeu
as três doses. "Esperança, sempre esperança, porque essa vacina deu
certo, sim", finaliza.
Auxiliar de enfermagem Gertrudes Barbosa - foto: CCS/ Prefeitura de Piracicaba
O prefeito Luciano Almeida pontua, ainda, que a vacinação
contra Covid-19 em Piracicaba ocorreu de forma ininterrupta nesse um
ano, com diversas ações de sucesso, como o agendamento pelo site
VacinaPira, a centralização por mais de sete meses no Ginásio Municipal
Waldemar Blatkauskas e as parcerias com a Rede Drogal e com a Fundação
Caterpillar junto ao Grupo + Unidos, que foram essenciais para dar agilidade na
imunização.
Filemon Silvano, secretário de Saúde, lembra que, graças à
vacinação, em 29/11 do ano passado, Piracicaba chegou à marca histórica de 0%
de ocupação de leitos UTI-Covid. "Vamos continuar a nos cuidar, usando
máscaras, mantendo o distanciamento e higienizando sempre as mãos. Estamos
em um cenário de aumento de casos, mas sabemos que, junto à
vacinação, essas medidas são fundamentais para que a gente volte à
estabilidade que vivemos no fim do ano passado, com baixos registros de novos
casos", pontua o secretário.
Agora nova fase da campanha se inicia com a vacinação das crianças de cinco a 11 anos, que teve início nesta quinta-feira, 19/01, nas unidades de saúde, por meio de agendamento. Nesta primeira etapa, são contempladas crianças com deficiência permanente ou com comorbidades, indígenas e quilombolas.
Adryan e a Mãe, Tucumã Maia da Silva - foto:Justino Lucente/ CCS
O menino Adryan Samuel Maia Ponciano da Silva, 10
anos, foi a primeira criança a ser vacinada contra a doença no
município. Ele faz acompanhamento desde quando era bebê no Centro de
Reabilitação Piracicaba (CRP), devido à paralisia cerebral. Quinzista de
coração, fez questão de estar com a camiseta do time para tomar a 1ª dose da
vacina.
Enrique Sanches Pereira - foto: Andressa Mota/ CCS
Enrique Sanches Pereira, de 7 anos, também tomou a 1ª dose nesta quinta-feira (20), na unidade de saúde do Caxambu. A mãe, Camila Sanches, conta que o
filho tem asma grave e que, por isso, ficou 1 ano e seis meses em casa,
voltando para escola apenas no final do ano passado, mas com receio. "É um
alívio, porque vai trazer mais segurança e proteção para voltar para a escola
em fevereiro", afirma.
NOVAS VARIANTES – O coordenador do
Cevisa, Moisés Taglietta, lembra que o surgimento da variante
Ômicron aumentou o número de novos casos, "mas, na gravidade,
continuamos tendo excelente resposta da vacina. Claro, ela (Ômicron) é muito
transmissível, a proteção contra a infecção dessa nova variante é menor, mas
continuamos tendo uma proteção à vida", enfatiza.
Taglietta explica que, devido à alta capacidade de mutação do novo coronavírus (Sars-Cov-2), novas variantes ainda podem surgir. "Deus queira que sejam variantes com menor poder de casos graves e o que a gente tem visto é que, com pequenas partes do vírus mudando, a vacina continua ajudando que a gente o combata. É nisso que a gente confia, que a vacina continue dando essa proteção e essa possibilidade de o nosso organismo se defender melhor e de não ter casos tão graves", analisa o coordenador do Cevisa.
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista Redator RMPTV