Foto: Divulgação/ Google
Em 27 de janeiro celebramos o Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto, conforme Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas aprovada em 2005. A data escolhida é a da libertação dos prisioneiros do maior campo de extermínio nazista, quando, há 76 anos, divisões do Exército Vermelho, da então União Soviética, membro dos aliados que incluíam, principalmente, os Estados Unidos, a Inglaterra, o Canadá, a Austrália, a França e uma força expedicionária brasileira, entrou e libertou alguns dos últimos presos desse campo de concentração, onde os piores horrores foram impetrados contra seres humanos.
Devemos, a cada ano, incentivar e
elogiar a iniciativa que tem como principal objetivo lembrar um dos mais
brutais genocídios da história que, mesmo poucos anos após seu término, com
sobreviventes ainda vivos, com imensa e irrefutável quantidade de provas, há os
que insistem em negar para disseminar o ódio. Não podemos permitir. Temos de relembrar
à exaustão! É solicitado, por meio dessa iniciativa, que sejam realizadas ações
para educar as novas gerações sobre a história do Holocausto, atuando contra o
racismo, o preconceito, o antissemitismo e a intolerância.
Campo de concentração Auschwitz - foto: Divulgação
Infelizmente a situação, que já deveria
ser diferente, é crítica, o momento é delicado e de importante união acima
de tudo.
O antissemitismo irracional fruto do
ódio gratuito principalmente hoje com as redes sociais e a internet é
lamentável e perigoso!
As pessoas são muito mais odiosas
quando se comunicam eletronicamente, do que quando falam cara a cara. A
internet provou ser a incubadora mais eficaz de teorias de ressentimento,
rancor e conspiração já inventadas. O antissemitismo não pode prevalecer no
mundo e também em nosso Brasil, país que nosso povo esteve sempre presente na
construção e desenvolvimento desde seu descobrimento, em 1.500.
No caso do aspecto digital, on line, as pessoas estão geralmente em privacidade. Isso permite que elas revelem um lado extremista e irracional sem receio de punição – o que não é verdade já que muitos deles, atrás de nomes fictícios, estão tendo sua identidade revelada e tendo de pagar pelos crimes que cometem.
A Segunda Guerra Mundial do século XX
provocou a morte de 50 milhões de pessoas, dentre elas 6 milhões de judeus,
apenas por serem judeus, além de outros grupos, como: ciganos, alguns inimigos
políticos, padres, negros, doentes mentais e outros, num processo sistemático,
industrializado e repleto de insanidade humana numa escala nunca vista!
Como rabino e educador ressalto,
veementemente, a importância de se lembrar a data para que nunca mais se repita
e de se educar contra a discriminação e a intolerância contra quem quer que
seja. Os horrores vividos há menos de um século não podem se repetir contra
ninguém, contra nenhum povo, nenhuma raça.
A prevenção é a educação. Ela é um
poderoso mecanismo de transformação, fundamental para a mudança de
mentalidades.
No século 21, época em que a velocidade
das informações é praticamente imensurável, devemos sempre fortalecer nossos
valores. Contudo, sem nos esquecer de respeitar o que é sagrado para o outro.
As pessoas precisam ter deferência maior umas pelas outras e se enxergar de uma
vez por todas como irmãs.
Contamos com o apoio das pessoas
esclarecidas, tanto de nosso país como internacionalmente. A melhor garantia da
manutenção da democracia e liberdade é a eterna e saudável vigilância e ação.
Condenar a religião do outro, além de
ser uma imensa ignorância, é se esquecer do principal sentimento que deve
nortear toda e qualquer prática religiosa: o amor ao próximo.
Que seja a memória das vítimas do Holocausto abençoada. #WeRemember!
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista Redator RMPTV