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Em
situação de infestação, munícipe pode solicitar apoio ao CCZ pelo 3427-3351 ou
SIP 156
O excesso
de umidade causado pelas chuvas desta época do ano, somado ao calor típico do
verão, favorece a proliferação dos caracóis africanos em diversas áreas da
cidade. O alerta é feito pela Secretaria de Saúde, por meio do Centro de
Controle de Zoonoses (CCZ). O ecólogo e coordenador do PMCA (Plano Municipal de
Combate ao Aedes), Sebastião Amaral Campos, o Tom, lembra que este tipo animal
é uma espécie exótica, vinda da África, no início dos anos 1980, com finalidade
comercial, para ser utilizado na culinária em substituição ao escargot. A
iniciativa não deu certo e a criação foi abandonada e hoje é considerada uma
praga.
“Seu nome
científico é Achatina fulica, é um molusco terrestre
(caracol) comum na estação chuvosa. Adaptou-se ao ambiente urbano, sendo muito
fácil encontrá-lo nas cidades, principalmente em locais próximos a córregos,
lagos e rios. Também ocorre em áreas verdes e quintais com presença de sombreamento,
árvores frutíferas e hortaliças. É normal encontrá-los em muros, árvores e
paredes, após a chuva”, destaca Tom.
Conforme explica Márcio José Sérgio Ermida, biólogo e orientador pedagógico do CCZ, o caracol africano é hermafrodita, ou seja, possui os dois sexos, portanto, produzem ovos o ano todo. “Alguns indivíduos podem ser portadores de parasitas capazes de trazer complicações para a saúde humana. No Brasil, muito raramente há relatos de casos de doenças transmitidas pelos caracóis africanos, mas em seu país de origem são muito frequentes”, disse.
ORIENTAÇÕES – Os
técnicos do CCZ alertam para alguns cuidados importantes, entre eles, o mais
importante é o de jamais consumir carne de caracol africano. “Além disso,
evitar contato com suas secreções é fundamental para evitar possível
contaminação. Caso haja contato, lavar bem as mãos com água e sabão”, afirma
Tom.
Márcio Ermida reforça: “Para limpeza de quintais com a presença do caracol, é muito importante a utilização de luvas. Para eliminá-los, basta quebrar suas conchas e colocar em sacos de lixo. Se o caracol tiver contato com verduras e frutas, é fundamental lavar bem os mesmos e, se possível, colocar uma colher de chá de água sanitária em um litro de água e deixar de 15 a 30 minutos antes de consumir estes alimentos”.
Tom lembra
que a concha do animal também pode, após sua morte, acumular água e se
transformar num foco de criação do mosquito da dengue. Ele alerta que, para
evitar esses problemas, o controle desse caracol deve ser feito com a catação
manual periódica dos animais e sua posterior eliminação.
Para solicitar a orientação sobre os caracóis, o CCZ disponibiliza serviço de teleatendimento pelo número (19) 3427-3351 ou também pelo SIP 156.
Cuidados no recolhimento e descarte dos animais
- Para realizar a catação, as mãos devem estar protegidas com luvas ou sacos plásticos para evitar o contato com o animal;
- Os
caramujos recolhidos devem ser esmagados, cobertos com cal virgem e enterrados;
- Recolher também os ovos, que ficam semi-enterrados e proceder da mesma forma usada para os animais coletados;
- Os
caramujos e ovos recolhidos também podem ser mortos com solução de cloro, três
partes iguais de água para uma de cloro, mas devem ser deixados totalmente
cobertos por essa solução durante 24hs, antes de serem descartados;
- O material ensacado também pode ser descartado em lixo comum, mas é preciso quebrar as conchas para que elas não acumulem água, tornando-se possíveis focos para reprodução de mosquitos.