Foto: Reprodução de dado
Para o teólogo Rodolfo Capler, da Pontifícia Universidade Católica da PUC-SP, o alto interesse do público mostra que a sociedade brasileira é sensibilizada por movimentos estrangeiros como o Black Lives Matter. A geração mais jovem, em particular, está muito aberta a esse "momentum global". "Esta geração - eu chamo de geração Selfie - é a geração mais inclusiva da história", disse Capler à DW. Ao mesmo tempo, o Brasil vive um aumento da violência contra minorias sob o governo Bolsonaro, alimentado pelo discurso do governo.
Racismo cotidiano em vez de
democracia racial
Para Capler, a violência racista cotidiana é a prova de que a teoria da democracia racial que supostamente prevalece no Brasil não existe. Foi idealizado pelo sociólogo Gilberto Freyre na década de 1930 e afirma que o racismo está sendo progressivamente reduzido em função da crescente mistura de raças. Segundo Capler, isso não aconteceu. "O racismo cotidiano está se escondendo por trás desse manto de democracia racial. Mas não temos democracia racial. Afirmar o contrário é negar a existência do racismo."
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista Redator RMPTV