Foto: Divulgação/ PMCA



Ações de combate ao mosquito transmissor foram intensificadas ainda em 2021; de 1º/01 a 11/02/2022 foram registrados 9 casos contra 514 do mesmo período de 2021


O trabalho no combate à dengue em Piracicaba não para e volta a apresentar bons resultados, conforme levantamento do Departamento de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Municipal de Saúde. De 1º de janeiro a 11 de fevereiro de 2022 foram confirmados apenas nove casos da doença, enquanto que no mesmo período de 2021 foram 514 casos, uma redução de 98,25%. No mesmo período, o número de notificações também caiu, de 1.096 em 2021 para 540 neste ano, uma queda de 50,7%.


Parte deste resultado vem do trabalho realizado pela Prefeitura de Piracicaba, por meio do Plano Municipal de Combate ao Aedes (PMCA), ligado ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria de Saúde, que tem intensificado suas ações na cidade, conforme explica Sebastião Amaral Campos, o Tom, coordenador do PMCA.


“No último sábado (12/02) realizamos mais um arrastão da dengue para combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya e febre amarela urbana, na comunidade Pantanal, de onde foram retiradas cerca de cinco toneladas de inservíveis. Para realizar esta ação tivemos o apoio de equipes da Secretaria de Defesa do Meio Ambiente. No próximo sábado, dia 19/02, vamos realizar novo arrastão na comunidade Cantagalo”, afirmou. Somente neste ano foram recolhidas pela Prefeitura mais de 25 toneladas de inservíveis.


A coordenação do PMCA reforça a realização de força-tarefa em sete regiões de maior movimento nos corredores comerciais da cidade desde o mês de dezembro de 2021. Ações das equipes já aconteceram nas regiões da av. São Paulo, av. Raposo Tavares, av. Rio das Pedras, av. Manoel Conceição, Rua do Rosário, Praça Takaki, av. Rui Barbosa e rua Governador Pedro de Toledo, sempre às quartas-feiras e com apoio de carro de som.


“Esta, também, é uma outra parte importante do nosso trabalho, que é conscientizar a população sobre a importância de eliminar criadouros e evitar a proliferação do Aedes. Apesar das dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19, temos conseguido bons resultados até o momento, mas não podemos comemorar, é preciso manter o sinal de alerta ligado para não voltarmos a ter novo surto da doença na cidade”, completa Tom.


Além disso, o PMCA segue com as atividades de rotina com as visitas casa a casa onde são vistoriadas cerca de 25 a 30 mil casas por mês, sempre com a retirada de criadouros e aplicação de larvicidas e orientação aos moradores. “Também fazemos visitas às escolas e pontos estratégicos da cidade como ferro-velhos, empresas abandonadas e obras desenvolvidas no município, tudo com a intenção de conter a proliferação do mosquito da dengue”, reforça Tom.


ALERTA 


De acordo com o coordenador o PMCA, nesta época do ano em que a ocorrência de chuvas é maior e a temperatura está mais alta, a proliferação dos mosquitos é maior, já que o seu ciclo pode ficar mais curto – entre cinco e seis dias. “De março até o final de abril teremos o período de maior incidência da dengue”, disse Tom.

De acordo com o secretário de Saúde, Filemon Silvano, essas ações são importantes para alertar a população. “Precisamos alertar as pessoas sobre a importância de combater os criadouros do mosquito. O Aedes é considerado um mosquito intra-domiciliar, ou seja, de presença dentro das casas e a melhor forma de evitar a contaminação é cuidando do ambiente onde moramos, para evitar a proliferação e a contaminação de nossos familiares”, afirma.

 

PREVENÇÃO 


Alguns dos cuidados mais importantes para a prevenção da dengue são:


– Eliminar os focos de água parada;


– Manter os pratos de vasos de flores e plantas com areia até a borda do vaso (eliminar essa frase/orientação, pois não se deve ter pratos de plantas, deve-se deixar os vasos sem pratos);


– Guardar garrafas com a boca virada para baixo;


– Limpar sempre as calhas dos canos e mantê-las desobstruídas;


– Não jogar reciclagem (criadouros) em terrenos baldios;


– Colocar o lixo sempre em sacos fechados;


– Manter baldes e caixa d’água devidamente tampados e piscinas com colocação de cloro;


– Deixar pneus ao abrigo da chuva e da água;


– Furar latas de alumínio antes de ser descartadas para não acumular água;


– Lavar bebedouros de aves e animais pelo menos uma vez por semana;


– Em caso de suspeita da doença, entrar em contato imediatamente com uma unidade de saúde mais próxima de sua residência e jamais utilizar medicação por conta própria.

Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista Redator RMPTV

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