Foto: Arquivo Pessoal 


“Ura! Ura! Ura!” percebido vivamente o som que se formou quando soldados Russos marchavam para saldar seus heróis no “Monumento ao Soldado Russo Desconhecido.” E Jair Messias Bolsonaro colocava, sobre o jazigo, flores para homenageá-los.


Não tão longeva é nossa memória, mas lembro-me que Bolsonaro afirmou que vai “acabar com o cocô no Brasil”, referindo-se a pessoas corruptas ou comunistas. “O cocô é essa raça de corruptos e comunistas”, declarou o presidente. 


O presidente cagão, agora, bate continência?


Os brasileiros estão vendo de tudo depois de seu erro histórico de eleger um sujeito sem futuro, louco, conturbado que já havia sido expurgado do Exército Brasileiro por desonrar nossa Pátria. Um negligente que deixou 700 mil pessoas morrerem de Covid-19, sem dar-lhes chance alguma de tomarem uma vacina que poderia salvar suas vidas, um presidente que nomeou o comunismo como seu inimigo para conseguir se eleger como chefe da Nação. Esse mentecapto agora arria as calças para Vladimir Putin, contrariando seus antigos aliados aos quais ele jurou respeito, quando bateu continência para bandeira Norte Americana dezenas de vezes.


Um trapalhão perdido em Moscou. Foi o que transpareceu para a imprensa de todo o mundo, esta última semana o Brasil foi motivo de deboche internacional nos jornais mais importantes do Mundo: The Guardian (Inglaterra); The New York Times (EUA); The Times of India (Índia); The Washington Post (EUA); The Wall Street Journal (EUA); Chicago Tribune (EUA); El País (Espanha); Financial Times (Inglaterra); The Times (Inglaterra); The Boston Globe (EUA), Le Mond (França); Corriere della Sera (Itália), entre outros.


Bolsonaro bateu continência na parada militar a caminho da Praça Vermelha e abaixando a cabeça por vergonha a uma fileira de autoridades soviéticas, enquanto, no Mausoléu de Lênin, o líder revolucionário morto pedia para sair do seu sarcófago, pois não aguentava mais de tanto rir de um palhaço vindo do ocidente, especificamente da República de Bananas.


O líder soviético, Vladmir Putin, falou sobre um movimento revigorado pelos valores de 1917 a uma audiência de líderes de esquerda na presença de Jair Messias Bolsonaro. Cartazes ostentavam a proclamação do poeta Vladimir Mayakovsky: “Lênin viveu, Lênin vive, Lênin viverá para sempre!”


Logo, os antigos discursos de Bolsonaro mudaram inteiramente. A submissão a sua derrota como puxa-saco de Donald Trump parecia natural e inevitável. O comunismo parecia ter sido sempre seu aliado e reservou definitivamente (Bolsonaro) à “lata de lixo da História”.


A história mudou de novo. A China e a Rússia exibem símbolos de sua herança comunista para fortalecer um nacionalismo antiliberal, que é o regime ao qual o presidente do Brasil está submisso. No Ocidente, a confiança no capitalismo de livre mercado não se recuperou, desde o crash financeiro de 2008. Novas forças de extrema direita e de esquerda ativista disputam popularidade. A força inesperada do socialista independe da vontade de um imbecil ridículo que coloca o Brasil em situação vexatória na Diplomacia Internacional.


Por derradeiro, concluo: a liderança comunista no mundo por ações diplomáticas e com cunho fortemente nacionalista de Putin está dando sinais de um ressurgimento de base da esquerda. Na Grã-Bretanha, o “Manifesto Comunista”, obra clássica escrita por Marx e Engels em 1848, voltará a ser um best-seller em 2022.


Somos testemunhas da História Mundial: Bolsonaro, neste momento de tensão mundial, em Moscou, ajudou a renascer hurra do comunismo! O comunismo remodelado para o século 21 renasceu.

 

José Osmir Bertazzoni (63), Jornalista e Advogado.

Deixe seu Comentário