Foto: Reprodução/ Facebook
3,4 milhões: promotor pede investigação, prefeito e secretário de saúde tem 20 dias para se manifestarem.
O Ministério Público de Piracicaba, aceitou denúncia de
munícipe e decidiu abriu inquérito para investigar contrato da administração do
prefeito Luciano Almeida e a empresa OSS CEGECON, que administra a UPA do
Piracicamirim.
Segundo as denúncias do Sr. Walter Kock ao MP, existem as
suspeitas de, improbidade administrativa, além de uma cobrança indevida.
No
documento enviado ao MP e que a Rádio Metropolitana teve acesso, o contrato
assinado em setembro de 2021, é de R$ 3,4 milhões. Várias irregularidades foram
apontadas ao MP, como problemas estruturais e a falta de condições de trabalho
para os profissionais. No documento assinado pelo promotor, ele informa sobre um
relatório do governo do estado e que pede a interdição da UPA imediatamente, já
trouxemos outras reportagens com o mesmo tema, inclusive ao vivo e em frente à
sede da Polícia Federal em Piracicaba.
No documento
que motivou a abertura do inquérito, é questionado uma cobrança extra em caso
de ser atendidos mais de 500 pacientes por dia, o que pode ser irregular dado o
contrato assinado, que não teria, segundo o MP, essa clausula.
O promotor
deu vinte dias para o prefeito Luciano Almeida e o Secretário de Saúde Filemon
Silvano, apresentarem a defesa prévia.
A redação
da Rádio Metropolitana procurou a prefeitura e a pasta da saúde, perguntamos
sobre o inquérito do Ministério Público e as más condições que se encontra o
prédio da UPA Piracicamirim, a pasta da saúde nos enviou a seguinte nota:
A Secretaria de Saúde informa que já comunicou os setores responsáveis
sobre o conteúdo do documento para que os mesmos analisem e tomem as
providências que forem pertinentes observando as recomendações formalizadas.
Cabe salientar que o problema na Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) Piracicamirim não é nova já que o prédio é antigo e que
o problema com goteiras e infiltrações é recorrente sempre quando acontece
chuvas fortes.
A Pasta tem trabalhado para resolver o problema, mas é importante frisar
que, desde março de 2020, a unidade é referência no atendimento Covid-19 na
cidade. Sendo assim, uma reforma foi iniciada em novembro de 2020, porém
suspensa devido a pandemia da Covid-19. Em outubro de 2021, a pedido da
Secretaria de Saúde, foi solicitado a Secretaria de Obras a retomada da reforma
com o realinhamento de preços e renovação do contrato, porém, a empresa
responsável não aceitou reassumir a obra por dificuldades financeiras
decorrentes da pandemia. Com isso, a Secretaria de Obras solicitou à
Procuradoria Geral do Município o chamamento das outras empresas que
participaram da primeira licitação, porém, nenhuma delas quis assumir a obra.
Sendo assim, já foi autorizado obra emergencial para a realização da
reforma completa da cobertura da unidade conforme consta em edital publicado
ontem (24/02) no Diário Oficial do Município. Em paralelo, a Prefeitura está
finalizando edital para obra completa de reforma da unidade e que deve ser
publicado nas próximas semanas. Entre os principais pontos desta reforma estão
a troca da rede de esgoto, reforma interna e pintura geral.
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Essas "parcerias" com iniciativa privada, o projeto do complexo do engenho tambem gira nessa proposta... o processo de desmonte do social é uma triste realidade brasileira.