Foto: Mateus Medeiros/ Gazeta de Piracicaba

Durou cerca de duas horas a reunião entre os representantes dos servidores municipais e a administração municipal, na manhã desta segunda-feira (04), quarto dia de greve em Piracicaba.

Após reunião onde a imprensa não pode acompanhar, nada de novo aconteceu e nenhuma nova contraproposta foi colocada a mesa, por essa razão a greve da categoria está mantida.


Foto: Dário Banzatto

A equipe da Rádio Metropolitana, acompanhou ao vivo ao lado de fora do gabinete do secretário de governo Carlos Beltrame, assim que acabou a reunião por volta do meio dia, a equipe falou com os deputados, vereadores, funcionários públicos que estavam aguardando junto ao décimo andar e com os representantes do Sindicato dos Municipais.


Foto: Dário Banzatto

Participaram da reunião, Dr. Osmir Bertazonni, advogado e representante do Sindicato dos municipais, José Alexandre Pereira, vice-presidente do Sindicato dos municipais, Carlos Beltrame, Secretário de Governo, Dorival José Maistro, Secretário de Administração, Dr. Guilherme Monaco, procurador do município, deputado estadual Roberto Morais, deputada estadual Professora Bebel, as vereadores Rai de Almeida, Silvia Morales e os vereadores Pedro Kawai, Cássio Luíz, Zezinho Pereira e Thiago Ribeiro, Paulo Campos chegou ao final da reunião e externou sua luta junto aos servidores.

Em entrevista à Rádio Metropolitana Dr. Osmir disse que:

“A greve continua. A posição da administração se mantém a mesma”, a entrevista ocorreu ainda no Centro Cívico, próximo ao elevador, ele já estava a caminho do estacionamento para avisar aos servidores que foi sem sucesso a reunião, pois, a prefeitura mantém a mesma proposta e o parcelamento em quatro vezes a reposição salarial.


Imagem registrada no momento da reunião na manhã desta segunda-feira (04) - Foto: Dário Banzatto

Durante a reunião, a administração publicou a proposta da no Facebook oficial da Prefeitura de Piracicaba.

A publicação traz o seguinte texto:

"O reajuste oferecido pela Administração municipal aos servidores públicos é o maior dos últimos 20 anos, além de repor as perdas salariais de 2019, 2020 e 2021", além deste texto, a Prefeitura publicou algumas imagens dizendo como seriam pagos os reajustes, 14,04%, sendo 7,02% em março e 7,02% em julho, 3,17% em 2023 mais a inflação do período e 3,16% em 2024 mais a inflação do período.

A servidora Gabriela Fidelis rebateu a publicação da administração ao vivo em entrevista à Rádio Metropolitana:

"Não é verdade o que eles estão publicando, nós queremos a reposição salarial e as perdas dos últimos três anos, acho que o prefeito deveria ser melhor assessorado e ele tem que lembrar que também estamos falando da maior inflação nos últimos anos", completou Gabriela.


Foto: Reprodução Rádio Metropolitana

O Sindicato emitiu um parecer logo após o término da reunião, abaixo a nota do Sindicato:

"Servidores mantém greve

Dando continuidade à greve dos servidores municipais de Piracicaba que se iniciou no dia 1º de abril, a diretoria do Sindicato dos Municipais, acompanhada pela comissão de greve, por autoridades municipais e deputados estiveram na secretaria de governo nesta manhã (04) tentando renegociar com a administração o pagamento destes reajustes inflacionários para serem pagos neste ano. No entanto, a reunião não obteve sucesso, pois a prefeitura mantém a proposta do parcelamento até 2024.

A greve dos servidores municipais de Piracicaba iniciou no dia 01 de abril com a presença de cerca de 5.000 funcionários da prefeitura, pedindo que o pagamento dos reajustes inflacionários referentes a 2019, 2020 e 2021 fossem pagos ainda neste ano. A contraproposta da administração municipal é pagar 14,4% em duas parcelas nos meses de março e julho de 2022; 3,17% mais a inflação do período em 2023 e o restante de 3,16% mais a inflação do período para ser pago em 2024.

O número de servidores que aderiram a greve tem aumentado em virtude do parcelamento do pagamento dos reajustes inflacionários, somado aos prejuízos causados nestes últimos anos, como a perda do abono de final de ano dos servidores que foram afastados por causa da Covid-19, como também, a questão dos professores que trabalharam em home-office usando seus próprios recursos (computador, internet etc.) sem ressarcimentos.

A entidade realizou quatro assembleias da campanha salarial da categoria, sendo a primeira no dia 23 de fevereiro e a última no dia 22 de março. Em todas elas, os servidores aclamaram por greve alegando que estão sendo desvalorizados em todos os âmbitos. A entidade, que traz consigo experiência neste quesito (a última greve foi há 25 anos), esclareceu sobre a legalidade, sanou dúvidas sobre a paralisação e atendeu o pedido da categoria deflagrando a greve.

Lembrando que o manifesto segue de forma pacífica e ordeira sem obstrução na entrada do prédio do Centro Cívico e sem ruas bloqueadas. A diretoria do Sindicato dos Municipais segue insistindo na negociação com a prefeitura para que a solicitações dos trabalhadores sejam atendidas".  




Foto: Felipe Carboni




Foto: Felipe Carboni




Foto: Felipe Carboni




Foto: Felipe Carboni



Foto: Felipe Carboni


Publicado por Danilo Telles, da Rádio Metropolitana de Piracicaba

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