Foto: Danilo Telles/ Rádio Metropolitana de Piracicaba


Segundo a prefeitura, edital para o processo licitatório de novo contrato poderá ser publicado ainda esta semana.


Devido ao fim da vigência do contrato atual, a cobrança do estacionamento rotativo (Zona Azul) será suspensa a partir de segunda-feira, 11/04. Para isso, os parquímetros estarão travados para pagamento, tanto a dinheiro quanto pelo aplicativo.

A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana Trânsito e Transportes (Semuttran), informa que essa suspensão será mantida até a finalização do processo licitatório para o novo contrato de concessão.




Foto: Danilo Telles/ Rádio Metropolitana de Piracicaba


O edital para o processo licitatório deve ser publicado ainda esta semana. O atual contrato está em vigor desde 11/10/2021, com duração de seis meses, e foi firmado atendendo decisão judicial que deferiu liminar impetrada pela empresa Primeira Estacionamentos-Estapar.


A reportagem da Rádio Metropolitana ouviu o defensor e especialista em trânsito Marco Ferreira, que nos enviou a seguinte nota:

“Na realidade, o contrato se encerrou em 23 de agosto de 2021.

O contrato de 5 anos, prorrogado por mais 5 anos pela administração anterior previa que, caso a empresa tivesse interesse em continuar operando os serviços, deveria apresentar, 120 dias antes do término do contrato, a carta de intenções, que seria analisada pela prefeitura que optaria por renovar ou encerrar a contratação.

Nessa época fui procurado pelo então secretário de trânsito, e criamos juntos uma alternativa onde a prefeitura reduziria em 60% o custo final para o cidadão, operaria ela própria o sistema, remuneraria a guarda civil, a PM, os lojistas, entidades beneficentes e ainda arrecadaria três vezes mais do que atualmente.

O projeto, assim como o então Secretário, foram recusados pela prefeitura, que pretendia renovar sem licitação o contrato vigente, como fez com os demais contratos vigentes nessa gestão.

Foi somente em razão de uma interferência do Ministério Público, que viu ilegalidade nesse tipo de renovação automática, haja vista a atividade de exploração onerosa do uso das vagas não se tratar de SERVIÇO ESSENCIAL, que ambos se viram obrigados a romper o contrato, levando a empresa a buscar no poder judiciário o respaldo que precisava para continuar operando o serviço.

O poder judiciário determinou que o contrato fosse renovado, não com base no interesse da prefeitura, nem da supremacia do interesse público, mas com base exclusivamente no interesse unilateral da empresa, pelo período de seis meses, findos os quais seria contratada a empresa que tivesse ganho a licitação, a ser providenciada pela prefeitura.

Novamente a prefeitura “cochilou” e não abriu licitação para o serviço (intencionalmente?), e agora há essa situação de impasse.

Provavelmente essa “cochilada” seja proposital, e já tenha outra “liminar” na manga, para autorizar a empresa a continuar levando o dinheiro do piracicabano embora da nossa cidade.”


Publicado por Danilo Telles, Jornalista da Rádio Metropolitana de Piracicaba

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