Foto: Adriano Sena/ Flickr


A prefeitura fez investimentos de R$ 1,71 milhão entre janeiro a abril de 2022. O montante representa míseros 2,4% dos R$ 73,11 milhões disponíveis para aplicar em obras, desapropriações e equipamentos. Os números foram divulgados pelo secretário de Finanças, Arthur Costa Santos durante audiência pública ontem na Câmara de Vereadores. Esta reunião, sobre as metas fiscais do primeiro quadrimestre de 2022, também teve a presença dos secretários Filemon Salviano (Saúde), Bruno Roza (Educação) e Paulo Sérgio Ferreira da Silva (Obras). A gestão atual fechou o período com um caixa ‘gordo’, de quase R$ 580 milhões.

O co-verador Jhoão Scarpa (PV, Mandato Coletivo) questionou sobre o baixo índice de investimentos, principalmente quanto à falta de desapropriações em benefício aos que esperam moradia popular – o déficit habitacional em Piracicaba é de, ao menos, 12 mil unidades. O secretário de Finanças aproveitou a presença do colega de Obras e ‘jogou no colo’ dele o questionamento de Scarpa. Em resumo, Paulo Sérgio não comentou os 2,4% e focou em desapropriações. E, como fez seu colega, ‘jogou no colo’ de outra secretaria, desta vez a Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba), que não tinha nenhum representante na audiência para responder sobre o assunto.

Outro número que impressionou negativamente foi o item despesas realizadas. A mesma Emdhap usou, no quadrimestre, 19,2% (R$ 1,03 milhão) dos R$ 9,61 milhões disponibilizados para 2022. A atenção ao campo de pesquisa e planejamento, via Iplapp, também ficou em baixa com gasto de 11,9% (R$ 219,56 mil) de R$ 1,85 milhão. Prefeitura, Semae e Câmara utilizaram cerca de 25% dos recursos disponibilizados no ano.


Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista Redator RMPTV

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