Foto: Dário Banzatto
Servidores grevistas foram
informados pela prefeitura na última sexta-feira que os descontos sobre os
salários serão iniciados como faltas injustificadas. Há uma queda de braço
entre Câmara e Executivo sobre o assunto: prefeitura quer o dinheiro dos
grevistas; Legislativo coloca que o servidor deve pagar os dias descontando de
férias ou fazendo um extra no expediente, conforme direitos fundamentais
descritos na Constituição Federal. Há informações de holerites zerados e
servidores sem saber como pagarão suas contas do mês. Mais de 2.000
funcionários públicos aderiram à greve em abril deste ano.
José Osmir Bertazzoni, diretor Jurídico do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Piracicaba. “A prefeitura inverte a ordem das coisas: desconta primeiro e discute depois. A justiça não acolheu a nossa liminar porque não havia provas de que a prefeitura iria, de fato, fazer os descontos. Mas ela fez. O prefeito quer castigar os servidores. Ele quer contrapor o sindicato. Ele quer contrapor a Câmara de Vereadores. Não há decisão judicial para o desconto. Há casos de servidores em férias e outros de serviços essenciais que não paralisaram, como da saúde, que estão recebendo desconto. A prefeitura está tentando criar um pânico [no funcionalismo] a fim de jogar a responsabilidade sobre o sindicato. Esta é a estratégia do prefeito Luciano Almeida.”
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista Redator RMPTV