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Em comemoração aos 50 anos do Álbum “Clube da Esquina”, lançado pela gravadora EMI-Odeon em março de 1972, músicos piracicabanos se reúnem para celebrar e relembrar canções do álbum e várias outras músicas de compositores que integraram o movimento “Clube da Esquina”. O álbum foi creditado a Milton Nascimento e Lô Borges, tendo sido considerado o 7º melhor disco (LP) brasileiro de todos os tempos pela revista Rolling Stone, assim como foi eleito o segundo melhor disco brasileiro da história, pelo público da Rádio Eldorado FM, do portal Estadao.com e dos leitores do Caderno C2+Música (jornal O Estadão). Em resenhas profissionais o “Clube da Esquina” segue tido como um dos álbuns mais marcantes da carreira de Milton Nascimento e Lô Borges, assim como da própria MPB.
Segundo o compositor Márcio Borges (irmão de Lô) “o álbum agrega o ecumenismno inter-racial, internacional e interplanetário proposto pelas dissonâncias atemporais de Bituca (apelido de Milton Nascimento) com achados de Chopin e a beatlemanía do então menino Lô Borges.” Além de Milton Nascimento e Lô Borges, participaram do movimento “Clube da Esquina” compositores, cantores e instrumentistas, dentre eles Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta, Wagner Tiso, Tavinho Moura, Tavito, Nelson Angelo, Robertinho Silva, Luiz Alves, Vermelho e Rubinho. Em 2022 a obra completa 50 anos de seu lançamento, constituindo uma oportunidade ímpar de rememora-la e de prestar a devida homenagem aos seus autores, os quais fizeram e fazem parte da história da música brasileira. Reviver as canções do Clube da Esquina é reoxigenar, na memória, canções que marcaram gerações e impactaram significativamente a cultura musical de nosso país, influenciando dezenas de outros artistas com suas melodias, letras e misturas rítmicas singulares.
A potencialidade influenciadora da obra, que extrapolou os limites territoriais de Minas Gerais, chegou até a cidade de Piracicaba, inspirando as artistas Hélio Braga Jr. e Cláudio Cacau a criarem uma banda autoral, nos anos 80: o Claro Cristal, que, além das músicas próprias, trazia em seu repertório as canções do Clube da Esquina – referência maior do grupo. Com a herança cultural do Clube da Esquina, e com uma longa trajetória no meio musical, Hélio e Cacau permanecem ativos no cenário cultural piracicabano.
Dentre o extenso portfólio, destacam-se a produção do show “Infinita Viagem” – recorde de público no Teatro do SESI Piracicaba (2010), a participação no show Revivendo, que se encontra em sua 10ª edição anual, colecionando sucesso de público, lotando teatros em sessões múltiplas e gerando grande repercussão regional e, mais recentemente, a “Live Gerações” (2021) – evento beneficente com 759 visualizações. É com essa experiência e amor pela música que Cacau e Hélio organizam uma grande homenagem a um marco da cultura brasileira: o show “50 anos do Clube da Esquina”. Com Previsão de 1h40 de duração e cenário composto por elementos que remetem à canções mineiras, o show trará em seu repertório clássicos da MPB como: Canção da América, O Trem Azul, Clube da Esquina 2, Paisagem da Janela, Nada Será Como Antes, Bola de Meia Bola de Gude, Feira Moderna, Para Lennon e McCartney, Nos Bailes da Vida, Planeta Sonho, Linda Juventude, Espanhola, Tudo que Você Podia Ser e muito mais.
O show de lançamento da turnê “Da Esquina” acontecerá no Teatro Erotides de Campos, na cidade de Piracicaba/SP. Apesar do público alvo ser composto pela faixa etária a partir dos 40 anos, devido à sua musicalidade e amplitude poética, tem potencial para atingir e agradar as pessoas sensíveis de qualquer idade. Agregando gerações, a banda é formada por Hélio Braga Jr. (contrabaixo e produção), seu filho Flávio Braga (bateria), Cláudio Cacau (piano/teclados, arranjos e direção musical), seu filho Iuri B. Almeida (guitarra e violão), Júlio Abbas (percussão), Daniel Esteves (voz e técnica). "O backing vocal fica a cargo de Ester Leite e Júnior Fondello".
Publicado por Danilo Telles, Jornalista da Rádio Metropolitana