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O
mundo está próximo de cinco bilhões de usuários de internet, de acordo com o
relatório pelo We Are Social e Hootsuite de janeiro de 2021. Nesta nova forma
de ser e estar em sociedade, muitos desafios surgem. Se há algumas décadas as
pessoas temiam ter cheques e cartões clonados, hoje o medo principal é ter
informações privadas expostas, cair em golpes e fraudes virtuais cada vez mais
criativas.
De
acordo com os sócios do escritório SAZ
Advogados, Fabiana Zani e Rodrigo Salerno, em alguns casos, empresas podem
ter que arcar pelo prejuízo de seus clientes, por isso é imprescindível
entender melhor sobre os cibercrimes e estar adequado a LGPD (Lei Geral de
Proteção de Dados).
Um
exemplo de fraude que já prejudicou muitas pessoas é o Phishing Scam, quando um
criminoso se passa por uma empresa ou pessoa confiável e tenta contato por meio
de redes sociais, e-mail e até mesmo SMS. Acreditando na mensagem, a pessoa
poderá realizar uma ação que irá levá-la a diversos prejuízos, como clicar em
links espiões ou acessar sites que peçam dados de conta bancária e senhas.
“É
muito importante que as empresas invistam em segurança para prevenir casos de
exposição de dados que estão sob a sua posse, assim como possíveis golpes
usando a imagem e nome da instituição. Para isso, é preciso deixar muito claro
aos clientes quais as formas que a empresa estabelece contato, bem como
aprimorar a identificação da organização junto aos clientes e a privacidade das
informações”, explica Rodrigo Salerno.
A
relação entre segurança virtual e a responsabilidade das empresas é um tema que
está presente não só no Brasil, mas no mundo todo. Na Europa e Estados Unidos,
diversas organizações tiveram que pagar altas multas por não terem protegido
adequadamente os dados de seus clientes. É o caso da Amazon e Equifax. Conforme
explica Fabiana Zani, esse movimento não é diferente no nosso país. “Com o
estabelecimento da LGPD houve um grande avanço na proteção de dados no Brasil.
A lei definiu critérios claros para organizar a relação do direito virtual. Por
mais que legislações como esta obriguem as empresas a se adequarem, um
contraponto é a garantia de, feito tudo corretamente, estar amparada
juridicamente. Hoje ainda vemos o
crescimento de fraudes virtuais. Algumas podem atingir as empresas, desde que
provada a falha no seu sistema que possibilitou a aplicação do golpe. Nestes
casos, é necessária a reparação”, afirma a advogada.
Tipos de fraudes - Os
golpes mais comuns no Brasil são relacionados a estelionato, como fraudes
românticas; vagas de emprego; bolsas de estudos, grandes promoções e descontos,
boletos falsos, reservas de hotéis, concursos e sorteios.
As
técnicas são phishing scam (contato por meio de redes sociais, e-mail e outros,
com links), vírus para celular e computadores, aplicativos fraudulentos,
invasão de nuvens e de contas.
As vítimas de crimes virtuais podem fazer Boletim de Ocorrência em qualquer delegacia da Polícia Civil ou pelo site www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista Redator RMPTV