Foto: Felipe Poleti/ CCS
Após capacitação, secretaria redefinirá o fluxo de atendimento de pacientes e casos suspeitos.
Nos dias 15 e 16/08, profissionais da Secretaria Municipal de
Saúde participam de capacitação sobre atendimento de casos suspeitos de
Monkeypox (varíola símia) no anfiteatro do Centro de Vigilância em Saúde
(Cevisa), das 8h30 às 12h e das 13h30 às 16h. A ação foi desenvolvida pelos
departamentos de Atenção Básica (DAB) e de Vigilância Epidemiológica e do Cedic
(Centro de Doenças Infectocontagiosas). Até o momento, Piracicaba tem seis casos
confirmados de Monkeypox, que são monitorados pela Vigilância Epidemiológica.
“Já nos reunimos com as coordenações da Atenção Básica, UPAs e
representantes dos Hospitais para alinharmos o fluxo de atendimento dos casos
suspeitos. O objetivo dessa capacitação é esclarecer as dúvidas dos nossos
profissionais, reforçar o fluxo e qualificar ainda mais a assistência e
monitoramento dos casos suspeitos ou confirmados”, relata Karina Corrêa
Contiero, enfermeira do Cevisa.
Neste primeiro momento, o treinamento é voltado para
profissionais da rede de Atenção Básica – médico clínico geral, enfermeiros,
ginecologistas, pediatras e dentistas – e terá entre os assuntos abordados:
fluxo de atendimento, avaliação clínica, sintomas da doença, coleta dos exames,
notificação, agilidade de diagnóstico, acondicionamento das amostras e sinais
de alerta e monitoramento dos casos suspeito e contactantes.
“Com o treinamento, esses profissionais repassarão seus
conhecimentos na unidade em que trabalha e o atendimento será mais eficaz. Além
disso, estamos estudando a reorganização das nossas unidades para que se
transformem em Centros de Testagem para Monkeypox, nos mesmos moldes como
acontece com os CTs para Covid-19”, reforçou Tatiana Bonini, coordenadora de
enfermagem do DAB.
ORIENTAÇÕES – Desde o anúncio da chegada da
Monkeypox ao Brasil, a Secretaria de Saúde já vinha realizando orientação
técnica, por meio da Vigilância Epidemiológica e do DAB, aos profissionais da
Saúde da Rede Municipal sobre diagnóstico e protocolo de atendimento no caso de
eventuais pacientes.
A SMS também divulga a seus profissionais todas as informações e
notas técnicas produzidas pela Vigilância Estadual de Saúde, Secretaria
Estadual de Saúde e Ministério da Saúde para orientar os procedimentos. Para
Filemon Silvano, secretário de Saúde, palestras e cursos de atualização dos
profissionais municipais “serão realizados sempre que necessário”.
A Pasta reforça que o vírus da Monkeypox faz parte da mesma
família da varíola e é importante lembrar que o atual surto não tem a
participação de macacos na transmissão para seres humanos. “A transmissão
ocorre entre pessoas e o atual surto tem prevalência de transmissão de contato
íntimo e sexual, porém o contato com lesões, objetos ou superfícies
contaminadas com o vírus e gotículas respiratórias, de quem está contaminado,
também pode transmitir a doença”, explica o secretário de Saúde, Filemon
Silvano.
PREVENÇÃO – Para se prevenir da
Monkeypox é necessário tomar alguns cuidados muito importantes, como evitar
contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele; evitar beijar,
abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença; fazer a higienização das mãos
com água e sabão e uso de álcool em gel; não compartilhar roupas de cama,
toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais; fazer o uso
de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e
contactantes.
O principal sintoma é o surgimento de lesões parecidas com
espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras
partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus; caroço no pescoço,
axila e virilhas; febre; dor de cabeça; calafrios; cansaço; e dores musculares.
TRATAMENTO – O período de incubação do
Monkeypox é tipicamente de 6 a 16 dias, mas varia de 5 a 21 dias. O período de
transmissibilidade ocorre a partir do início dos sintomas até o desaparecimento
das crostas (feridas).
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), não existem
tratamentos específicos para a infecção pelo Monkeypox, já que os sintomas da
doença geralmente desaparecem espontaneamente. O tratamento é sintomático e
envolve a prevenção e tratamento de infecções bacterianas sintomáticas. Ainda,
de acordo com a OMS, a vacinação contra a varíola demonstrou ajudar a prevenir
ou atenuar a varíola causada pelo Monkeypox, com uma eficácia de 85%.
O Ministério da Saúde informou que não há previsão de vacinação
no Brasil, mas que está em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS)
para adquirir o imunizante.
Mais informações:
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista Redator RMPTV