Foto: Justino Lucente/ CCS
Atividade começou nesta segunda-feira, 15/08, e segue até terça-feira no anfiteatro
da Cevisa.
Começou nesta segunda-feira, 15/08, e segue até terça-feira, 16/08, a capacitação
sobre atendimento de casos suspeitos de Monkeypox (varíola símia) para
profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, no anfiteatro do Centro de
Vigilância em Saúde (Cevisa), das 8h30 às 12h e das 13h30 às 16h. São
capacitados 240 profissionais, divididos em quatro turmas. A ação foi desenvolvida
pelos departamentos de Atenção Básica (DAB) e de Vigilância Epidemiológica e do
Cedic (Centro de Doenças Infectocontagiosas). Até o momento, Piracicaba tem
seis casos confirmados de Monkeypox, que são monitorados pela Vigilância
Epidemiológica.
Karina Corrêa Contiero, enfermeira do Cevisa, reforça que neste
primeiro momento, o treinamento é voltado para profissionais da rede de Atenção
Básica – médico clínico geral, enfermeiros, ginecologistas, pediatras e
dentistas – e tem entre os assuntos abordados: fluxo de atendimento, avaliação
clínica, sintomas da doença, coleta dos exames, notificação, agilidade de
diagnóstico, acondicionamento das amostras e sinais de alerta e monitoramento
dos casos suspeitos e contactantes.
“Na semana passada nos reunimos com as coordenações da Atenção
Básica, UPAs e representantes dos Hospitais para alinharmos o fluxo de
atendimento dos casos suspeitos. O objetivo destes dois dias de capacitação é
esclarecer as dúvidas dos nossos profissionais, reforçar o fluxo e qualificar ainda
mais a assistência e monitoramento dos casos suspeitos ou confirmados em
Piracicaba”.
Tatiana Bonini, coordenadora de enfermagem do DAB, com o
treinamento, esses profissionais repassarão seus conhecimentos na unidade em
que trabalha e o atendimento será mais eficaz. “Além disso, estamos estudando a
reorganização das nossas unidades para que se transformem em Centros de
Testagem para Monkeypox, nos mesmos moldes como acontece com os CTs para
Covid-19”, enfatizou.
ORIENTAÇÕES – Desde o anúncio da chegada
da Monkeypox ao Brasil, a Secretaria de Saúde já vinha realizando orientação
técnica, por meio da Vigilância Epidemiológica e do DAB, aos profissionais da
Saúde da Rede Municipal sobre diagnóstico e protocolo de atendimento no caso de
eventuais pacientes.
A SMS também divulga a seus profissionais todas as informações e
notas técnicas produzidas pela Vigilância Estadual de Saúde, Secretaria
Estadual de Saúde e Ministério da Saúde para orientar os procedimentos. Para
Filemon Silvano, secretário de Saúde, palestras e cursos de atualização dos
profissionais municipais “serão realizados sempre que necessário”.
A Pasta reforça que o vírus da Monkeypox faz parte da mesma
família da varíola e é importante lembrar que o atual surto não tem a
participação de macacos na transmissão para seres humanos. “A transmissão
ocorre entre pessoas e o atual surto tem prevalência de transmissão de contato
íntimo e sexual, porém o contato com lesões, objetos ou superfícies
contaminadas com o vírus e gotículas respiratórias, de quem está contaminado,
também pode transmitir a doença”, explica o secretário de Saúde, Filemon
Silvano.
PREVENÇÃO – Para se prevenir da
Monkeypox é necessário tomar alguns cuidados muito importantes, como evitar
contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele; evitar beijar,
abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença; fazer a higienização das mãos
com água e sabão e uso de álcool em gel; não compartilhar roupas de cama,
toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais; fazer o uso
de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e
contactantes.
O principal sintoma é o surgimento de lesões parecidas com
espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras
partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus; caroço no pescoço,
axila e virilhas; febre; dor de cabeça; calafrios; cansaço; e dores musculares.
TRATAMENTO – O período de incubação do
Monkeypox é tipicamente de 6 a 16 dias, mas varia de 5 a 21 dias. O período de
transmissibilidade ocorre a partir do início dos sintomas até o desaparecimento
das crostas (feridas).
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), não existem
tratamentos específicos para a infecção pelo Monkeypox, já que os sintomas da
doença geralmente desaparecem espontaneamente. O tratamento é sintomático e
envolve a prevenção e tratamento de infecções bacterianas sintomáticas. Ainda,
de acordo com a OMS, a vacinação contra a varíola demonstrou ajudar a prevenir
ou atenuar a varíola causada pelo Monkeypox, com uma eficácia de 85%.
O Ministério da Saúde informou que não há previsão de vacinação no Brasil, mas que está em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para adquirir o imunizante.
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista Redator RMPTV