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O fechamento de empresas mais que triplicou de 2020 para 2022 na Região
Metropolitana de Piracicaba (RMP). O levantamento compara os desempenhos nos
terceiros trimestres dos últimos três anos e foi realizado pelo Observatório da
RMP, instalado na Esalq/USP. A movimentação negativa resulta em encolhimento de
242,53% – 1.246 empresas foram fechadas em 2020; 2.668 em 2021; e 4.268 neste
ano. O saldo entre encerramento e abertura de novas empresas também sofre queda
no período analisado: o que vinha se mantendo na faixa dos 6.000 caiu para
4.000.
Os encerramentos de empresas se concentram em pequenas empresas, informa a
economista Cristiane Feltre, membra do Observatório da RMP e professora da
PUC-Campinas. “São pequenos negócios e não, necessariamente, profissionalizados
com pessoas capacitadas. Tem muita gente interessada em abrir um negócio, mas,
existem muita dificuldade em se manter no mercado por desconhecimentos do fluxo
financeiro da empresa, do mercado, dos entraves burocráticos”, explica a
especialista.
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Um índice também medido pelo Observatório mostra corrobora a avaliação da economista: 80% das empresas na RMP tem capital declarado entre zero reais e R$ 10 mil. As com até R$ 50 mil são 16% do grupo analisado. Menor ainda são aquelas com capital acima de R$ 50 mil, medido em 4%. “São negócios na área de alimentação e de prestação de serviços. Estas micros e pequenas empresas são grandes geradoras de emprego e são responsáveis por dinamizar muito as economias de municípios menores”, contextualiza a economista sobre os negócios de baixo capital.
Texto: O Diário Piracicabano
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista Redator RMPTV