Foto: Imagem Ilustrativa
Um a cada 10 piracicabanos não tem renda suficiente para comprar comida. Diante
desta situação, como manter um imóvel e as contas de energia e água em dia?
Esta fatia imensa de mais de 40 mil pessoas da população residente no município
que vive de forma precária, em invasões, pode ficar sem qualquer teto a partir
da próxima segunda-feira, dia 31. Na data, acaba o prazo dado pelo STF
para suspensão da reintegração de posse em todo Brasil por conta da pandemia de
covid-19. Para tentar reverter o cenário, acontece hoje, quinta-feira (27), às 19h, em frente à
Câmara de Vereadores, o ‘Ato pelo Despejo Zero’. A intenção também é pressionar
a vereança para posicionamento declarado a favor de um projeto de lei –
elaborado por advogados apoiadores das comunidades – a fim de
implementar regras asseguradoras dos direitos individuais e coletivos aos
ocupantes de áreas invadidas.
Muito bem fundamentando e embasado em números oficiais, o projeto de lei em
prol das comunidades faveladas faz um raio-X da atual situação do flagelo
social na cidade – os dados apresentados nesta matéria têm como fonte esse
projeto. Conforme o CadÚnico para Piracicaba, em junho de 2022, a cidade
atingiu a marca de 44.638 pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza. No
comparativo com fevereiro de 2020, a situação atual representa um aumento de
24,36% no empobrecimento de pessoas que vivem na cidade.
Como se não bastasse, a prefeitura de Luciano Almeida (sem partido) não
construiu uma unidade em seus quase dois anos de gestão. Promessa de
campanha de política pública habitacional, Luciano ‘virou a casaca’ e chegou a
dizer “não sou imobiliária” aos movimentos populares por casa própria. O projeto de lei contra
os despejos ainda apresenta um histórico sobre déficit habitacional na cidade e
impactos da pandemia de covid-19 sobre a população mais pobre.
Texto: O Diário Piracicabano
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista Redator RMPTV