Foto: Nego Junior
Atividades acontecem nos dias 4 e 6 de novembro,
com entrada gratuita; outras programações ocorrem ao longo do mês de novembro.
Considerado o maior encontro afro de Piracicaba, o
Festival Afropira chega em 2022 a sua 9ª edição, cuja programação oficial será
aberta nesta semana, com a realização da “Raízes Nagô”, série de dois Encontros
de Trancistas, Trançadeiras e Turbancistas. O primeiro encontro acontece
na sexta-feira, 4, às 19h, no Sesc Piracicaba. Já o segundo evento será
realizado no domingo, 6, às 13h, no Armazém 14 do Engenho Central. Em ambas as
atividades, a entrada é gratuita.
O Raízes Nagô – Encontros de Trancistas,
Trançadeiras e Turbancistas é uma iniciativa dos diretores do Afropira, por
meio do trabalho desenvolvido pela diretora Bel Farias, que é cabeleireira,
trancista, turbancista e coordenadora do espaço da beleza do Festival.
A realização é do Instituto Afropira e da ETC
Produtora, com apoio de Potência Afro, Rede de Mulheres Negras, Coletivo Beleza
Preta, Sesc Piracicaba e Prefeitura de Piracicaba, por meio do Centro de
Documentação, Cultura e Política Negra.
Sesc Piracicaba
No primeiro encontro, no dia 4, às 19h, no Sesc
Piracicaba, haverá o bate-papo “Identidade, pertencimento e ancestralidade, com
a participação de Bel Farias e de Ju Angelo, do Descabelados, que atua em São
Paulo e participa do Espaço da Beleza do Festival Afropira desde 2015.
Ju Angelo abordará sua trajetória e o fato de
empregar cinco trancistas e atender pessoas de todo Brasil, inclusive famosos.
Bel Farias apresentará sua pesquisa sobre a história das tranças e do turbante.
A mediação será de Elaine Teotonio, que fará, ainda, uma apresentação
artística.
Engenho Central
No encontro do domingo, 6, às 13h, no Engenho
Central, a programação reúne exposições de artigos, produtos e serviços afro,
atendimento com tranças e oficinas de turbantes. O encerramento será feito pelo
Coletivo Beleza Preta, por meio de Mayara Benedito, que realizará desfile. As
modelos promoverão diversidade e serão produzidas pelas trancistas e
turbancistas do evento. Haverá também expositoras que cederão roupas e a
maquiadora a Mayara Nascimento, que participará da ação.
Participarão representantes de Piracicaba, como as
trancistas Daiane de Paula, Rebeca Bispo, Miriam Aguiar, Bruna Gonçalves,
Natália Rodrigues; as turbancistas Marlene de Jesus e Ediana Raetano; e a
dreadmaker Julia Madeira.
Haverá a participação de trancistas das cidades
parceiras do Afropira, por meio do projeto Potência Afro – A União dos Eventos
Afros do Interior Paulista e Litoral. São elas: Cris, de Campinas,
representando a Feira Afro Mix; Dorcas Morais, de Rio Claro representando a
Feira das Pretas; Negra Ju, de Americana, representando a AmeriAfro; Luciana da
Cruz de Santos, representando a AfroTu; além de Silvia Souza e Pâmela Moreira
de Capiravi.
Outra participação nessa data será de Negra Jhô,
trancista, turbancista, atriz, dançarina e líder religiosa, criadora do
Instituto Kimundo, dançarina do Olodum de Salvador, que contará sobre sua
trajetória, com o objetivo de trazer motivação a Piracicaba e região.
A mediação será de Elaine Teotônio, que fará também
apresentação artística com o Bloco Afropira, Mestre Marquinho e o Geacap, Erica
Lima com a Boneca Abayomi e Julio Rocha, também conhecido como Poeta Gato.
Próximos eventos
Além dos dois encontros de Trancistas, Trançadeiras
e Turbancistas, a programação do 9º Afropira reúne uma série de eventos em
novembro. No dia 15 será comemorado, no Armazém 14 do Engenho Central, o Dia
Nacional da Umbanda, em evento realizado em parceria com a Amapir (Associação
de Religiosos de Matriz Africana de Piracicaba e Região).
No dia 18, no Sesc Piracicaba, haverá palestra
sobre Racismo Ambiental e Década Afro. Nos dias 19 e 20 acontece, no Engenho
Central, o Festival Afropira, maior encontro afro de Piracicaba e região. O
encerramento das atividades será no dia 27, quando os diretores do Afropira
participam de atividade na Vila África.
SERVIÇO
Mais informações sobre o 9º Afropira podem ser conferidas no Instagram: @afropira
Publicado por Danilo Telles, Jornalista da Rádio Metropolitana