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Acontece, na próxima semana, o leilão do campus da UNIMEP de Santa Bárbara D´Oeste. Embora com o processo de recuperação judicial em suspenso - um recurso deve ser considerado pelo juiz, dado que a proposta foi rejeitada pelo voto da Banco do Brasil, um dos maiores credores do grupo das escolas metodistas, e está sendo considerado voto abusivo diante do grande percentual de credores que aprovaram o plano - o leilão já está autorizado e com o edital publicado.

É a face mais visível e incontestável do processo de desmonte da UNIMEP que, aos poucos, foi extinguindo seus cursos, perdendo alunos, demitindo professores e funcionários e, hoje, convive com um campus Taquaral praticamente vazio na maioria dos horários e em suas instalações. O último registro era de que toda a Universidade, no segundo semestre, contava com 933 matriculados.

Outros imóveis que também foram referenciais na história da Universidade já tiveram sua venda autorizada em assembleia de credores para pagamento de dívidas trabalhistas: o local onde funciona a Clínica de Fisioterapia, o escritório jurídico e o imóvel onde chegou a funcionar o Juizado de Pequenas Causas em Piracicaba, além de extensa faixa de terreno que ainda compõe o campus Taquaral. O mesmo ocorre em Lins e Santa Bárbara com imóveis além dos próprios campi. E persiste, ainda, o prédio da Escola de Música de Piracicaba listado para venda para quitação de tributos federais em atraso.

Em que pesem os esforços dos atuais administradores das escolas metodistas em apresentarem um quadro de recuperação e quase normalidade, é difícil acreditar que tais instituições consigam se manter em funcionamento, mesmo que diminuídas e descaracterizadas. Relatórios enviados ao administrador da recuperação judicial indicam prejuízos mensais, ao longo de todo o anos de 2022, apenas para as despesas correntes de funcionamento. O déficit acumulado até agosto era de 122,5 milhões.

Quanto ao leilão do campus SBO já existe um interessado, cuja proposta indica a intenção de arremate da área para expansão de seus projetos educacionais: trata-se da Fundação Hermínio Ometto, mantenedora do Centro Universitário FHO, que hoje oferece, em Araras, 23 cursos superiores em campus próprio. A oferta inicial é de 50 milhões de reais, a serem pagos com uma entrada de 12.500.000 e mais 6 parcelas semestrais de 6.250.000.

Texto: Redação

Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista e Redator RMPTV

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