Foto: Guilherme Leite
Lista dos problemas
a serem enfrentados inclui teto do funcionalismo, moradores em situação de rua,
transporte público e estacionamento rotativo.
A
necessidade de buscar em conjunto soluções para questões apontadas como
prioritárias no município este ano pautou a conversa entre os vereadores
que compõem a Mesa Diretora da Câmara e o comando da Acipi (Associação
Comercial e Industrial de Piracicaba), na tarde desta quinta-feira (12).
Em visita à sede da entidade, o grupo de parlamentares
responsável pela gestão do Legislativo no biênio 2023-2014 abordou com as
lideranças empresariais temas como a urgência em elevar o teto do
funcionalismo municipal para estancar a saída de profissionais da saúde e a adoção
de medidas para lidar com a população em situação de rua.
O presidente da Câmara, Wagner de Oliveira, o Wagnão
(Cidadania), a primeira-secretária, Alessandra Bellucci (Republicanos), o
segundo-secretário, Zezinho Pereira (União Brasil), e o suplente da segunda
secretaria, Gustavo Pompeo (Avante), foram recepcionados pelo presidente da
Acipi, Marcelo Cançado, e por membros da diretoria da entidade.
Wagnão compartilhou com os dirigentes a urgência em elevar o
teto do funcionalismo, a partir do aumento do subsídio do prefeito. Há mais de
10 anos congelado em R$ 15.500, o valor é o máximo que um servidor público pode
receber no município, mesmo que, no holerite, o salário seja maior.
A situação tem provocado a debandada de médicos e outros
funcionários de carreira da administração municipal, além de despertar pouco
interesse de candidatos em concursos que são abertos para a reposição das
vagas. Wagnão comparou a situação de Piracicaba, em que um médico recebe
no máximo R$ 15.500, à de Rio das Pedras, cidade vizinha que paga R$ 21 mil ao
mesmo profissional. "Aqui foi feito um concurso recentemente: foram seis
participantes; três vieram e dois já pediram a conta", exemplificou.
Apresentar a proposta para o aumento do subsídio do chefe do
Executivo é competência da Mesa Diretora do Legislativo; mesmo que seja
aprovado nesta legislatura, o novo valor só poderá vigorar a partir da próxima,
com início em 2025. O presidente da Câmara disse já ter solicitado estudo para
o cálculo do impacto financeiro da medida e que conta com o apoio da Acipi, da
imprensa e de toda a sociedade.
"O subsídio do prefeito está congelado há 16
anos. Faço um apelo; o aumento não é para esta legislatura, mas para 2025,
porque para esta é inconstitucional. Estou levando essa bandeira para que
a imprensa nos ajude. A partir do momento em que a população tiver a
consciência de como o dinheiro dela está sendo gasto, ela fica contente",
disse Wagnão.
O presidente da Câmara também falou da responsabilidade em gerir
despesas que são inerentes para manter o funcionamento da Casa de Leis e
garantir a estrutura para a atuação parlamentar. "O trabalho da Mesa
Diretora não é fácil. Todos os contratos têm gestores do começo até o final: é
uma fidelidade com o contribuinte que não tem tamanho", disse.
Wagnão, que junto com os demais integrantes da nova Mesa
Diretora, assumiu o comando do Legislativo em 1º de janeiro, elogiou o quadro
funcional da Casa. "Tocar a Câmara em si eu já vi que não vou ter
dificuldade, porque o corpo técnico é excelente. Trabalhamos com os melhores,
tanto servidores de carreira quanto comissionados, porque já vêm de vasta
experiência."
Alessandra Bellucci comentou sobre os limites legais que
norteiam a atuação parlamentar. Zezinho Pereira destacou o "respeito muito
grande" que a Acipi conquistou entre a população. Gustavo Pompeo
reforçou que a prestação de contas do Legislativo está na internet para todo
cidadão acompanhar.
O presidente da Acipi colocou a entidade como parceira do
Legislativo. "A Acipi sempre esteve muito próxima da Câmara e
no que pudermos contribuir com vocês, e vice-versa, para conseguir ajudar
a população será melhor para o município, em termos de emprego, renda e
educação", disse Marcelo, que assumiu o comando da entidade há um ano e
meio. "A parceira entre Executivo, Legislativo e Judiciário e a
sociedade é importante, precisamos estar juntos."
O dirigente também comentou sobre a demora para a contratação
das novas empresas que responderão pelo transporte público e pela Zona Azul em
Piracicaba. Ele citou o impacto sofrido pelo comércio com a ausência, há mais
de um ano, do serviço de estacionamento rotativo. Como alternativa, a
associação tem buscado fazer campanhas junto aos lojistas para que veículos de
empregados não ocupem ao longo do dia as vagas que podem servir para a parada
de clientes que vão movimentar a economia local.
A reunião na Acipi teve a presença de Rodrigo Santos, segundo vice-presidente da entidade, José Antônio de Godoy, diretor administrativo, e Evandro Evangelista, supervisor de comunicação.
Texto: Câmara Municipal de Piracicaba
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista e Redator RMPTV