Foto: CCS/ Prefeitura de Piracicaba
Aplicativo, destinado às mulheres vítimas de violência que têm medida protetiva, é para agilizar atendimento em caso de agressão.
A Prefeitura de Piracicaba, por meio da Guarda Civil,
disponibiliza agora o aplicativo SOS Mulher Piracicaba, botão de emergência
para que mulheres vítimas de violência doméstica que possuem medida protetiva
possam acionar a corporação de forma rápida e prática. Hoje, a Patrulha Maria
da Penha, serviço que atende as vítimas de violência no município, tem o
registro de cerca de 3.000 mulheres com medida protetiva na cidade. Criado para
agilizar o atendimento a essas vítimas em casos de real perigo, o SOS Mulher
Piracicaba foi apresentado em coletiva de imprensa na manhã de ontem, terça-feira (31), no
gabinete do prefeito, com a presença do chefe do Executivo, Luciano Almeida; do
comandante da Guarda Civil, Sidney Miguel da Silva Nunes, e da encarregada da
Patrulha Maria da Penha, Luciane Tovar.
O SOS Mulher Piracicaba é uma iniciativa que integra o sistema
de gestão Sincad, que começou a ser implantado em meados de outubro, cujo
objetivo é gerenciar toda operação da Guarda, reduzindo o uso de papel e
permitindo um atendimento mais ágil, além da produção de relatórios
estatísticos que orientarão a realização das políticas públicas de forma
efetiva e assertiva.
Para acionar o botão SOS Mulher Piracicaba, a mulher deve pressionar por três segundos o logotipo da ferramenta no celular. Assim, um sinal é emitido para a Central de Operações da Guarda Civil, que terá em mãos os dados cadastrais da vítima e a localização em tempo real.
“A funcionalidade vem para somar no atendimento que damos às
vítimas de violência. Com o botão, o encaminhamento da viatura mais próxima do
local da ocorrência será mais ágil, porque os agentes terão todas as
informações na tela de modo muito mais rápido do que se a pessoa ligasse 153 e
precisasse relatar o ocorrido, a localização e etc. Será um complemento
importante no atendimento que prestamos a estas pessoas”, explicou o comandante
da Guarda Civil, Sidney Miguel da Silva Nunes.
O prefeito Luciano Almeida falou que o trabalho da corporação na
proteção às mulheres, com soluções estratégicas e de inteligência, é contínuo.
“Na nossa gestão implantamos soluções que propõem melhorias para ampliar o
acesso das vítimas de violência ao nosso atendimento. A primeira delas foi a
implantação estratégica da Sala Patrulha Maria da Penha, ao lado do Terminal
Central, que recebe pessoas de todos os pontos da cidade, permitindo que a
mulher possa procurar o espaço para orientações ou solicitação do
acompanhamento da equipe. Agora lançamos o SOS Mulher Piracicaba, que agiliza o
atendimento, algo fundamental quando elas estão em risco”, disse.
Ele comentou, ainda, que devem ser discutidas mais ações de
trabalho preventivo e para a conscientização da sociedade com o intuito de
cessar a violência contra a mulher, como encontros educativos e palestras em
escolas e equipamentos públicos.
ACESSO – De acordo com a Guarda Civil, a
existência da nova ferramenta será comunicada a todas as mulheres que têm
medida protetiva e também àquelas que acabaram de lavrar boletim de ocorrência
e solicitaram medida protetiva, de forma emergencial. “Atualmente, na Delegacia
de Defesa da Mulher, as vítimas já são informadas sobre o trabalho realizado
pela Patrulha Maria da Penha. Agora elas também serão informadas sobre o SOS
Mulher Piracicaba, para que possam ter acesso a ele”, falou Luciane Tovar,
encarregada da Patrulha Maria da Penha.
Luciane ressalta que o botão fica disponível para todas as
mulheres que têm medida protetiva, extrapolando o público atendido pela
Patrulha com as rondas. “É importante lembrar que a Patrulha faz a ronda para
mulheres que solicitam este serviço e não contempla a totalidade delas que tem
medida, porque nem todas querem a realização de rondas. O universo de mulheres
com medida é muito maior do que as que são rondadas. Com o Botão, mesmo as que
não querem o serviço de ronda da Patrulha poderão acionar a emergência de forma
mais rápida em caso de risco real”, explicou Luciane.
Para ter acesso ao aplicativo, a mulher precisa receber um link
que permitirá que ela instale o aplicativo no aparelho celular e realize o
cadastro, que deverá ser validado pela equipe da Patrulha. O botão fica
vinculado a um CPF e só pode ser instalado em um aparelho celular. “Isso quer
dizer que a pessoa não poderá instalar o aplicativo no telefone da avó, do
irmão ou do filho. Apenas as pessoas detentoras de medida poderão ter o
aplicativo instalado para pedido de socorro. A menos que a medida contemple
filhos ou outras pessoas, estas poderão ter acesso, mas pelo seu próprio
cadastro vinculado ao seu CPF”, disse o GC Nakahodo, coordenador de projetos da
GCM.
Pelo aplicativo, quando acionado, a mulher pode enviar fotos do
agressor e também gravar áudio do local onde se encontra. E as mulheres que
moram em Piracicaba e possuem medidas protetivas em outras cidades devem
procurar a Patrulha Maria da Penha para verificar a funcionalidade do botão
para elas também no município.
Caso a pessoa troque de aparelho, ela terá que solicitar à
corporação a atualização do próprio cadastro. “Como os aplicativos de banco,
que é necessária uma nova validação para o uso se você muda de celular, este
também funciona desta forma”, complementa Nakahodo.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone ou WattsApp da Patrulha Maria da Penha – (19) 9 9794-8864, das 7h às 19h, ou pessoalmente na sala da Patrulha, localizada na Praça Ennes Silveira Mello, no prédio da Administração do Terminal Central, de segunda a sexta, das 8h às 16h, exceto feriados e fim de semana.
Texto: CCS/ Prefeitura de Piracicaba
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista e Redator RMPTV