Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Investimento de R$ 600 milhões está previsto para operações, exames e consultas especializadas.
Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems)
pactuaram, nesta quinta-feira (26), na primeira reunião ordinária da Comissão
Intergestores Tripartite (CTI) de 2023, o Programa Nacional de Redução das
Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas.
Prioridade desde os debates da equipe de transição do governo federal, o
problema será enfrentado em articulação direta com os entes federativos, a
começar pela publicação de uma portaria instituindo o programa, prevista para
os próximos dias. De acordo com o secretário de Atenção Especializada à Saúde
(SAES), Helvécio Magalhães, estão previstos R$ 600 milhões para execução do programa, graças ao recurso garantido
pela aprovação da PEC da transição.
"O que nós estamos debatendo com
estados e municípios é um programa para combater problemas diferenciados e,
pela nossa experiência, já que o SUS faz mutirão há mais de 20 anos, vamos
começar pelas cirurgias, até porque, há inúmeras experiências de gestão de
tecnologias nesse sentido. Ao mesmo tempo, vamos discutir, de maneira
tripartite, como construir mudanças mais estruturantes. Para isso, precisamos
conhecer essa fila de procedimentos e permitir que o usuário possa interagir,
por meio de ferramentas de transparência", afirmou o secretário,
destacando que a meta futura é criar uma lista nacional desses pacientes.
Helvécio fez questão de salientar aos
participantes da reunião da CIT que o desafio é complexo e deverá ser tratado
em conjunto com as secretarias de Atenção Primária à Saúde e de Informação e
Saúde Digital. A tarefa compreende a consolidação de um banco de informações,
além da regulação da oferta de serviços com apoio de ferramentas, como o
telessaúde e os protocolos de acesso à atenção especializada. O secretário
citou, ainda, a especificidade da região Norte que, em virtude da difícil
fixação de profissionais de saúde, deve receber um tratamento diferenciado, para
que os estados tenham melhor cobertura.
Os primeiros recursos encaminhados, cerca
de R$ 200 milhões, serão
para cirurgias eletivas, ao mesmo tempo que se discutirá os próximos passos
para exames diagnósticos e consultas especializadas. "A condição é pactuação
na CIB estadual - Comissões Intergestores Bipartite, portanto, de comum acordo,
que contenha a expectativa dos procedimentos cirúrgicos, quantitativos, bases
de acompanhamento e expectativa de redução", frisou.
A ideia é que, a partir da execução do primeiro montante, as próximas ocorram por produção, com a repactuação de recursos para diagnósticos, se necessário. Conforme o secretário Helvécio, o que for decidido nas comissões será apresentado à CIT. Com a publicação da portaria, os estados deverão encaminhar ao Ministério da Saúde os planos de trabalho para homologação e a transferência do dinheiro.
Texto: Agência Brasil
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista e Redator RMPTV