Foto: Guilherme Leite

Desabastecimento tem sido registrado em diferentes regiões; vereadores pedem informações ao Executivo.

Problema registrado em diferentes regiões do Município, a falta d’água dominou o debate na Câmara Municipal de Piracicaba na noite desta segunda-feira, 6. As discussões foram geradas a partir de requerimentos que estavam na Pauta da Ordem do Dia da 2ª reunião ordinária. 

Os requerimentos 53 e 54, do vereador Cássio Luiz Barbosa, o “Fala Pira” (PL), foram aprovados. Enquanto o primeiro pede informações ao Executivo quanto à constante falta de água no bairro Parque Orlanda, o segundo versa sobre a situação na região de Santa Teresinha.

Já os requerimentos 32 e 33, ambos de autoria de Laércio Trevisan Jr. (PL), embora tenham sido discutidos, acabaram não sendo votados por falta de tempo regimental. Eles pedem informações sobre providências tomadas a partir do resultado da CPI do Semae, realizada no Legislativo, e também buscam dados complementares sobre a autarquia. 

Durante as discussões, os parlamentares destacaram que ao longo da última semana receberam reclamações da população sobre a falta de água no Município e aproveitaram o debate para cobrar que a direção do Semae e os agentes responsáveis no Executivo deem respostas. 

“Falta água em toda a cidade. O curioso é que se você paga 100 reais de água pelo uso durante 30 dias, mas fica 10 dias sem ter água, você acaba pagando o mesmo valor”, criticou Fala Pira. Ele também criticou o fato de que a Administração “não senta para conversar”. 

O vereador Zezinho Pereira (União Brasil) classificou que a “Administração está à deriva” e criticou o fato de que, quando são trocados os relógios pelo Semae, “acaba gerando uma conta absurdo”. Ele também cobra que os secretários atendam os parlamentares. “Eles não tiveram nenhum voto, eles não foram eleito”, disse. 

Trevisan Jr. também criticou o Executivo. “Piracicaba regrediu”, disse. “Como consegue trocar mais de 40 mil hidrômetros, mas não resolve a falta de água”, questionou. “Enquanto o vereador recebe no WhatsApp a população cobrando, tenta no ligar no Semae, mas não é atendido. O barco afundou”, disse. 

A vereadora Rai de Almeida (PT) criticou que, além dos problemas já relatados pelos parlamentares, ainda há uma dificuldade de fiscalizar a situação. “Precisamos ter o acesso a todas as repartições públicas sem sermos cerceados, como alguns colegas tem sido, mediante repressão”, disse. 

“Foi um verdadeiro caos o Semae nos últimos 10 dias”, enfatizou o vereador Pedro Kawai (PSDB). Ele criticou o atual presidente da autarquia, Artur Santos. “Ele caiu de paraquedas lá; na verdade, não temos presidente”, disse, ao enumerar bairros como Vila Monteiro, Ipês, Monte Rey, Bairro Alto, entre outros, que sofreram com a falta de água nos últimos dias.

O vereador Gustavo Pompeo (Avante) lembrou que um dos problemas que causou a falta de água em algumas regiões foi o furto do “respiro de ferro” e que possibilitou a derrubada de argila no reservatório. “Isso foi parar na casa das pessoas, imagina o estrago que fez”, destacou. 

Embora compreenda as dificuldades ocasionadas pela falta de água, o vereador Anilton Rissato (Patriota) lembrou que problema tem sido recorrente há vários anos. “É fácil falar do atual presidente, do que saiu, do prefeito, mas a situação é calamitosa devido ao que se deixou de fazer ao longo de 16 anos”, pontuou. “Não é em dois anos que vamos resolver”, concluiu.

A 2ª reunião ordinária da Câmara também contou com o uso da tribuna popular por representantes de comunidades de Piracicaba, que pediram a derrubada de veto ao projeto de lei que cria um processo de transição das áreas ocupadas. Também houve suspensão do expediente para uma apresentação sobre proteína de insetos e alimentos baseados na alimentação animal e humana.

Texto: Câmara Municipal de Piracicaba

Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista e Redator RMPTV

Deixe seu Comentário