Foto: Fabrice Desmonts

O Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou inquérito civil para apurar irregularidades na eleição do Conselho Municipal de Saúde de Piracicaba, entre elas a reeleição do atual presidente, Milton Costa, pelo terceiro mandato consecutivo.

O promotor de Justiça Carlos Paulo Travain Filho determinou a correção das irregularidades e realização de uma nova eleição no prazo de 30 dias. “Notifico vossa senhoria para que, dentro de sua esfera de atribuições, tome providências imediatas para fazer cessar a irregularidade constatada em vossa eleição, pelo terceiro mandato consecutivo, ao cargo de presidente do Conselho Municipal de Saúde, bem como a subsequente realização de nova eleição, no prazo de 30 dias, para recomposição da mesa diretora do Conselho Municipal de Saúde”, traz trecho do ofício encaminhado a Costa pelo representante do MP-SP informando a instauração do inquérito civil sob pena de interposição de ação civil pública para cessar a irregularidade e responsabilizar a omissão das autoridades envolvidas.

Uma representação foi encaminhada ao Ministério Público pelo líder do MCCP (Movimento Contra Corrupção de Piracicaba), Walter Koch.

Na denúncia, Walter cita que o regimento interno prevê que o Conselho Municipal de Saúde terá um presidente, vice, primeiro e segundo secretários eleitos pelos pares, com mandato de dois anos permitida uma recondução sucessiva.

Ele aponta que, no caso de Milton Costa, ele está no terceiro mandato consecutivo e que a presidência do colegiado segue as normas do presidente da Câmara Municipal, que não pode ocupar três mandatos consecutivos.

Milton Costa, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil em Piracicaba), em reportagem do JP, ele classificou a situação como uma ‘questão pessoal’. Ele disse que herdou a presidência do Conselho Municipal de Saúde em 2017, quando ocupava o cargo de vice-presidente e o então presidente se afastou.

O presidente disse que, na sequência, foi eleito para o mandato 2019 a 2022 e, agora, para o novo mandato, até 2025. Ele negou irregularidades e disse que tem atuado para que o Conselho de Saúde não seja usado como trampolim político por pessoas que têm esse interesse. Também citou que o colegiado tem auxiliado o Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) no trabalho de fiscalização. Costa ainda acrescentou que tem parecer da Procuradoria Geral do Município sobre a questão e o conhecimento da Secretaria de Saúde.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que foi notificada hoje sobre o caso, vai analisar e se manifestar ao Ministério Público no prazo solicitado.

Texto: Redação

Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista e Redator RMPTV

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