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Quando falamos em ecossistema, automaticamente associamos o termo ao que aprendemos na biologia, e o que nos vem a mente é a imensa diversidade de formas de vida, recursos, ambientes e as inúmeras relações que permitem o equilíbrio ecológico, como o mutualismo, a competição, a simbiose e a predação.

 

Na inovação o conceito se utiliza dessa lógica para descrever um ambiente composto por uma combinação de diversos atores, como empresas, escolas técnicas, universidades, grupos de pesquisa e extensão, institutos de pesquisa, aceleradoras, investidores, mentores, agentes de fomento, governo e organizações sem fins lucrativos, que trabalham juntos para identificar e solucionar demandas urgentes da sociedade e setoriais, visando atrair empresas, desenvolver novos negócios e escalar soluções inovadoras.

 

O objetivo destes ecossistemas é acelerar o progresso tecnológico e socioeconômico de seus territórios e comunidades, promovendo a colaboração, a sinergia e coopetição entre seus membros.

 

Um ecossistema de inovação eficaz é portanto caracterizado por uma série de elementos chave, incluindo uma cultura de inovação forte, recursos financeiros disponíveis, infraestrutura de suporte, capital intelectual de pesquisa e desenvolvimento, alinhamento às suas vocações e um ambiente de negócio com verticais econômicas consolidadas. Além disso, é importante que exista uma rede completa de apoio para empreendedores e empresas em crescimento, para que possam superar os obstáculos e desafios enfrentados para construir um negócio e ao longo de toda a jornada empreendedora, em especial no Brasil.


No entanto, é importante destacar que os ecossistemas de inovação não surgem naturalmente. Eles precisam ser induzidos, planejados, reconhecidos e gerenciados de forma estratégica, com a participação ativa de todos os atores envolvidos. É necessário que haja senso de pertencimento, investimento contínuo em infraestrutura e recursos humanos, bem como uma promoção firme da cultura de colaboração e interação entre os diferentes setores, com planejamento estratégico e a participação ativa das entidades de sua governança, além de uma política clara, inclusiva e estratégica para a inovação.

 

Neste contexto, que vai muito além da competitividade, o papel dos governos é fundamental para o sucesso dos ecossistemas de inovação, pois podem proporcionar incentivos diretos e indiretos, e ajustar o ambiente regulatório com novas leis, bem como fomentar a colaboração por meio de plataformas públicas de apoio à inovação, como temos em Piracicaba por meio do HUB Piracicaba, implantado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Semdettur) em 2021.

 

Piracicaba segue evoluindo, com uma política municipal de inovação em expansão, com seu Parque Tecnológico maduro, com um Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação integrado, com um ambiente educacional de excelência, com o fomento à pesquisa inovativa e a ação legítima de entidades comprometidas em desenvolver ambientes, programas de fomento e arranjos organizacionais para promover a inovação em escala para atender nossos dilemas setoriais e sociais.

 

E se você acompanha a pauta, desde já, posso adiantar que em 2023 Piracicaba viverá mais um ano especial em seu ecossistema de inovação com ações de alavancagem que serão realizadas por organizações que reconhecem a importância de acelerar o progresso tecnológico e econômico de nossa terra. Que venha o futuro. Somos caipiras com orgulho e somos “Tech” também!

 

Artigo assinado por: Pedro Chamochumbi é assessor especial de projetos da Semdettur e gestor do Hub Piracicaba.

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