Foto: Divulgação/ Vanderlei Zampaulo


A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de Ensino no Estado de São Paulo) reivindica reajuste do piso salarial nacional para todos os profissionais do magistério e não abono complementar, como anunciou o vice-governador do Estado de São Paulo, Felício Ramuth, em vídeo que circula nas redes sociais nesta segunda-feira, 13 de fevereiro. De acordo com a presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), o reajuste de 15% anunciado com valor de R$ 575,00, citado pelo vice-governador corresponderia à diferença entre o salário base do magistério da rede estadual de ensino e o valor do piso salarial profissional nacional, mas a reivindicação é de reajuste para todo quadro do magistério.

 

De acordo com Bebel, apesar desta informação não ser oficial, a luta constante da Apeoesp é por reajuste salarial que se aplique aos salários-base e repercuta em todos os cargos, níveis e faixas da carreira. “Que beneficie, portanto, professores, diretores, supervisores e dirigentes, todos integrantes da carreira”, ressalta.

 

A Professora Bebel diz que a luta da Apeoesp é para que o Estado de São Paulo cumpra a lei do piso, tanto no que se refere ao valor, quanto no que diz respeito à composição da jornada de trabalho, destinando-se no mínimo 33% das aulas para atividades extraclasses (elaboração e correção de provas e trabalhos, atendimento a alunos e pais, formação, etc), destacando que em jornada de 40 aulas semanais, 14 delas deveriam ser destinadas a essa finalidade.

 

Na campanha salarial deste ano, a reivindicação será pelo pagamento de 10,15% , conquistado pela Apeoesp e que foi bloqueado no Supremo Tribunal Federal, referente ao reajuste do piso em 2017, mais 33,14% do reajuste de 2022, além de mais 14,95% deste ano.

 

A Professora Bebel lembra que o piso salarial profissional nacional foi incluído como princípio na Constituição Federal pelo deputado constituinte e ex-presidente da Apeoesp, professor Gumercindo Milhomem Neto, e tornou-se realidade no segundo governo do presidente Lula, por meio da lei 11738/2008. “Por isso, vamos lutar e exigir que o piso salarial nacional seja praticado no Estado de São Paulo, uma vez que é lei”, enfatiza.

 

Segundo Bebel, a meta da Apeoesp é de discutir com o governo estadual um plano para que todos esses reajustes sejam aplicados e para que o salário base atinja o valor de R$ 4.420,36.

 

“Queremos esse novo piso salarial nacional praticado em São Paulo e com direito a todos os adicionais que a LC 1374/2022 quer nos tirar, assim como uma carreira justa”, completa a presidenta da Apeoesp.

 

Texto: Vanderlei Zampaulo

Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista e Redator RMPTV

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