Foto: Ana Nascimento/ CCE
Reedição do programa prevê
pagamentos adicionais de R$ 50 a R$ 150 por gestante e filhos de até 18 anos.
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva anuncia oficialmente a volta do Bolsa Família em cerimônia agendada
para as 11h desta quinta-feira (2), no Palácio do Planalto, quando assinará a
medida provisória (MP) com as novas regras.
A reedição do programa, que
volta no lugar do Auxílio Brasil de Jair Bolsonaro, terá valor mínimo de R$
600, conforme foi prometido por Lula durante a campanha, e contará com
benefícios extras em relação à sua configuração original, vinculados a
gestantes, crianças e adolescentes.
O pagamento adicional será de
R$ 150 por cada criança da casa com até seis anos e de R$ 50 para os
dependentes de sete a 18 anos incompletos. Gestantes também receberão um valor
extra de R$ 50.
Também voltarão a ser exigidas
as condicionantes que existiam na configuração original do programa: para não
perder o benefício, as famílias precisam comprovar a frequência escolar dos
jovens e crianças, o acompanhamento pré-natal das gestantes e também manter
atualizado o caderno de vacinação com todos os imunizantes previstos no
Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
A reedição do programa prevê,
ainda, regras mais rígidas e um pente fino Cadastro Único, depois que, no ano
passado, houve uma explosão no número de beneficiários declarados como família
“unipessoal”, de uma pessoa só. A avaliação é que, com a falha na declaração,
pessoas de uma mesma família estavam conseguindo receber mais de um benefício.
Têm direito ao auxílio as
famílias que se encontram abaixo na linha da pobreza ou da pobreza extrema, o
que, pelos parâmetros atualizados do programa, abrange aqueles que vivem com
uma renda de até R$ 218 por pessoa da família.
Em uma casa com cinco pessoas,
por exemplo, significa uma renda total de R$ 1.090 para sustentar a todos. O
valor é menor do que um salário mínimo, de R$ 1.302 atualmente.
O Bolsa Família ficou sem
reajuste por três anos no governo de Jair Bolsonaro e chegou a 2021 pagando uma
média de R$ 187 por família beneficiada.
Em dois desses três anos,
porém, em 2020 e 2021, as famílias mais pobres receberam o benefício temporário
do Auxílio Emergencial, pago durante a pandemia, em valores partindo de R$ 600
e, depois, de R$ 400.
A partir de 2022, o Bolsa
Família seria definitivamente substituído pelo Auxílio Brasil, com novo nome,
valor mais alto (de R$ 400) e algumas regras diferentes.
O aumento do benefício para pelo menos R$ 600, permanentemente, foi uma promessa de campanha tanto de Lula quanto de Bolsonaro nas eleições de 2022.
Texto: CNN Brasil
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista e Redator RMPTV