Foto: Guilherme Leite

Qualidade da pavimentação asfáltica na cidade voltou a ser debatida; tema ainda será abordado em audiência pública nesta quinta-feira.

A polêmica sobre a interdição da avenida Jaime Pereira motivou o debate entre os vereadores, durante a 11ª Reunião Ordinária, nesta segunda-feira (13). Eles aprovaram por unanimidade o requerimento nº 138/2023, de autoria do vereador Laércio Trevisan Jr. (PL), que solicita ao Poder Executivo o envio de cópia do laudo técnico sobre a Pedreira do Bongue. A avenida, que margeia a pedreira, está fechada para o trânsito desde o fim do ano passado por causa dos riscos de as pedras se soltarem. A Prefeitura contratou um laudo técnico, que indicou a necessidade de intervenções no local.

Ao discutir a propositura, Trevisan Jr. destacou que a interdição da avenida tem ocasionado problemas para o trânsito no bairro Jupiá, por onde foi feito o desvio. Ele relatou que o asfalto nas principais vias já está destruído e que o maior fluxo tem que ser absorvido por uma avenida estreita, o que gera congestionamentos. Ele contou que esteve na área da pedreira com o vereador Zezinho Pereira (União Brasil) e ambos constataram que nenhuma pedra bateu recentemente na barreira de proteção e nem nas árvores da encosta.

“Por que então não interdita a via do Jupiá, que já tem 70 buracos? É muita gente naquela região para não se liberar pelo menos duas vias. Vamos ler no laudo qual é a porcentagem do verdadeiro risco. É mais fácil morrer por falta de médico ou por cair em um buraco do que por uma pedra que cair da Pedreira do Bongue”, afirmou. Zezinho Pereira disse que moradores do Jupiá querem se mudar por causa do transtorno. “Não dá para esperar mais um minuto para abrir lá, ficar cozinhando galo no fogo baixo”, colocou. 

O vereador Josef Borges (Solidariedade) disse que a interdição é baseada em laudo emitido por geólogos. “O prefeito tem que ter responsabilidade. Se amanhã cai uma rocha daquela, acontece uma catástrofe, o prefeito será responsável”, disse. Ele explicou que a contratação das obras necessárias no local atrasou por falta de um documento da empresa selecionada emergencialmente, mas que outro contrato já foi providenciado. Os vereadores Acácio Godoy (PP), Rai de Almeida (PT) e Cássio Luiz Barbosa (PL), O Fala Pira, cobraram mais agilidade do Executivo em tomar providências.

O vereador Pedro Kawai (PSDB) criticou a promessa da administração em resolver o problema em vários prazos que não foram atendidos. O vereador Gustavo Pompeo (Avante) lembrou que o problema não é atual e que existiam laudos técnicos que já apontavam a necessidade de intervenções desde que a avenida Jaime Pereira foi duplicada e nada foi feito.

Buracos – Às vésperas da realização de uma audiência pública sobre a qualidade da pavimentação asfáltica na cidade, o tema voltou a dominar os debates entre os parlamentares. Nesta 11ª Reunião Ordinária, as discussões foram motivadas pelo requerimento 152/2023, de autoria do vereador Thiago Ribeiro (PSC), que solicita informações sobre a contratação do serviço de tapa-buracos, e o requerimento 157/2023, de autoria do vereador Gustavo Pompeo, que solicita o relatório de pedidos de ressarcimento por munícipes que sofreram prejuízos por causa dos buracos na cidade. As duas proposituras foram aprovadas em regime de urgência, a primeira com placar de 12 votos favoráveis e cinco contrários e a segunda com votos favoráveis de todos os presentes.

Ao declarar voto, Thiago Ribeiro criticou a forma como a administração municipal tem tratado os pedidos de intervenções feitos pelos vereadores e acusou de serem usados critérios políticos diante de um problema generalizado na cidade. Ele usou plaquinhas para sinalizar os buracos em várias vias do município. Para o vereador, na votação, houve uma tentativa de barrar o requerimento de sua autoria pela base do governo.

O vereador Cássio Fala Pira exibiu um vídeo do prefeito durante a campanha eleitoral em que ele também reclamava do problema dos buracos na cidade. O vereador Paulo Campos (Podemos) reclamou de retaliações à oposição por parte do Executivo e disse que aguarda há 20 dias uma reunião com o titular da Secretaria de Obras. Trevisan Jr. lembrou que o requerimento sobre a operação tapa-buracos é simples e objetivo e não havia motivo para rejeitá-lo.

Acácio Godoy também reclamou de ser retaliado ao ter uma visita do secretário de Obras, que estava agendada, ser desmarcada em cima da hora. Para o vereador Gilmar Rotta (PP), o requerimento é um instrumento do vereador para buscar informações junto ao Poder Executivo. Pedro Kawai aproveitou para convidar a todos para participar da audiência pública sobre a questão do asfalto, que será realizada nesta quinta-feira (16), às 14 horas, no Plenário da Câmara.

Em relação ao relatório de pedidos de ressarcimento, Gustavo Pompeo disse que tem orientado os munícipes a tomar essa providência, para cobrar os danos do poder público. Outros parlamentares relataram os prejuízos sofridos pela população, inclusive com a exibição do vídeo de um acidente sofrido por uma motorista quando tentava desviar de um buraco pelo vereador Cássio Fala Pira. Também foi apresentada, pelo vereador Trevisan Jr., a receita oriunda dos impostos para os cofres públicos e a falta de contrapartida suficiente com a execução das obras de manutenção das vias.

Josef Borges defendeu que já foram tapados mais de três mil buracos pela Prefeitura, mas que o excesso de chuvas tem prejudicado o serviço. O vereador Fabrício Polezi (Patriota) avaliou que é necessário cultivar o diálogo com o Executivo para encontrar soluções. Ele lembrou que os últimos meses têm sido de chuvas intensas, o que contribui para o problema.

Texto: Câmara Municipal de Piracicaba

Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista e Redator RMPTV

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