Foto: Divulgação/ Vanderlei Zampaulo
A audiência pública promovida pela deputada estadual Professora Bebel (PT), que também é presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores no Ensino Oficial de Ensino no Estado de São Paulo), na tarde desta última segunda-feira, 17 de abril, no auditório Paulo Kobayashi, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, para debater a violência nas escolas, a parlamentar disse que esse problema “não se resolve virando a chave, mas, sim, com diálogo”. Justamente com base nesta tese, na audiência, a Professora Bebel defendeu o diálogo envolvendo todos os segmentos da sociedade para combater a violência nas escolas, assim como a contratação de mais funcionários, para atuar nas escolas, dizendo que é importante a ronda policial no entorno das escolas, mas que é preciso funcionários, por exemplo, tanto para operar o sistema de câmeras como de detector de metais.
A audiência contou com a participação de presidentes e representantes da
CUT/SP, APASE, APEOESP, CPP, AFUSE, UPES, UESP, SINDPSI, SINTEPS, Fórum
Estadual de Educação, além da vereadora Iara Bernardi, de Sorocaba, do
professor João Palma, enquanto que Marcela Milano, do Sindicato dos Psicólogos contribuiu
abordando a importância do processo de luta por paz nas escolas, defendendo a
presença de psicólogos em todas as escolas públicas do Estado de São Paulo.
Já o pesquisador João Paulo Cunha, do Instituto Locomotiva, apresentou
os resultados da pesquisa sobre violência nas escolas encomendada pela Apeoesp,
enquanto Yan Evanovich, coordenador de juventude da SECADI/MEC, informou que o
presidente Lula anunciará medidas para a prevenção e combate à violência nas
escolas e, ao mesmo tempo, que o grupo de trabalho que vem produzindo políticas
neste campo agendará entre as oitivas uma com o mandato popular da deputada Professora
Bebel.
Ao final da audiência, depois de quase três horas de debates, a Professora Bebel disse: “estou ainda mais convencida neste momento que, se é verdade que medidas de segurança no entorno das escolas são necessárias, as chaves fundamentais são o diálogo, o cuidado, a gestão democrática, a participação da comunidade, o fortalecimento dos Conselhos de Escola, defesa do papel social da escola pública e sua valorização, a defesa e valorização de seus profissionais e os investimentos materiais e humanos necessários para mudarmos essa realidade de forma estrutural e duradouro”.
Texto: Vanderlei Zampaulo
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista
e Redator RMPTV