Foto: Danilo Telles/ Jornalista RMPTV

Câmara pode ter de volta pedido de cassação na reunião desta quinta-feira.

O prefeito Luciano Almeida tem até amanhã, quinta-feira, dia 27, para apresentar à Justiça suas justificativas contra o processo de impeachment. O juiz Maurício Habice assinou decisão ontem, dia 25, às 13h59, informando ao chefe do Executivo o prazo de 48 horas para a manifestação de seu advogado Guilherme Monaco de Mello, atual procurador geral do município. Há expectativa na Câmara de Vereadores de que o pedido de cassação possa voltar para o Legislativo na reunião ordinária desta quinta. “Estamos aguardando a manifestação do prefeito e a decisão do juiz. Dependendo da agilidade, pode voltar a pauta amanhã mesmo”, informa um dos vereadores ‘prata da casa’.

O pedido de impeachment foi protocolado na Câmara de Vereadores no fim da penúltima semana de março. Luciano Almeida agiu rápido e entrou com mandado de segurança cível para garantias constitucionais na semana seguinte, na quinta-feira, 30 de março. Neste mesmo dia o juiz concedeu liminar suspendendo o andamento no Legislativo porque o denunciante Robson Robert Moreira tinha pendências com a Justiça Eleitoral e não estava “em pleno gozo de seus direitos políticos”. Do fim de março para cá, Moreira regularizou sua situação quanto à ausência em uma votação nas eleições passadas e o processo voltou a ‘andar’. Inclusive, no último dia 19, a Justiça retirou o sigilo do processo.

Entre a vereança, há muitos da ala do Centrão descontentes com a atual gestão, o que pode dificultar as coisas para Luciano na ‘Casa Verde’. Há, por exemplo, a debandada declarada de Laércio Trevisan Jr (PL) da base governista, o que pode inflamar outros colegas no Legislativo. Por ora, não é possível apostar em facilidades na cassação, mas é certo que as reclamações sobre o Executivo são uma constante entre as mais diversas bandeiras defendidas pelos parlamentares.

Outro fato é que a defesa do prefeito não apresentou na inicial qualquer outro argumento à Justiça para derrubar o pedido de impeachment que não fosse a tal pendência eleitoral. O autor do pedido de cassação baseia sua denúncia em dois pontos: as contratações controversas de tapa-buraco para prefeitura e Semae e o caos no atendimento e realização de exames na rede de saúde municipal. Caso Luciano caia, será o primeiro impeachment da história de Piracicaba.

Texto: O Diário Piracicabano

Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista e Redator RMPTV

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