Foto: Divulgação/ Vanderlei Zampaulo

No dia Primeiro de Maio, milhares de trabalhadoras e trabalhadores se reuniram no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, para comemorar o Dia Internacional de Luta da classe trabalhadora.

A presença do Presidente Lula, anunciando políticas de valorização do salário mínimo, com o novo valor de R$ 1.320,00 já em vigor, aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, novas universidades e, no conjunto, o compromisso com a recuperação da economia, geração de emprego e renda e promoção de direitos. Mostra o quanto o Brasil já mudou em apenas quatro meses e renova a justificada esperança de que possa mudar ainda mais em quatro anos.

É certo que vivemos um período de conflitos e grandes desafios. E há setores que atuam para impedir que o governo Lula possa cumprir os compromissos assumidos, como é o caso do Banco Central, sob a presidência do conhecido bolsonarista Roberto Campos Neto, que novamente manteve a taxa de juros no patamar de 13,75%, um verdadeiro freio aos investimentos e ao crescimento da economia.

Há, portanto, muita luta a ser feita. No dia 26 de abril, mais de dez mil pessoas estiveram presentes na manifestação que organizamos na Avenida Paulista, com caminhada até a sede da Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República, não apenas para reafirmar bandeiras importantes para professores, funcionários, estudantes e pais – como a revogação da farsa do “novo” ensino médio, escolas seguras, valorização salarial e profissional, melhores condições estruturais nas escolas e outras – como também para dizer que não aceitaremos redução de 30% para 25% nas verbas da educação e nem o fechamento desenfreado de classes que vem ocorrendo.

No momento em que escrevo este texto, 326 classes já foram fechadas ou estão ameaçadas de fechamento em 28 regiões do estado de São Paulo. Para além de fatos pontuais, esses fechamentos representam a retomada, de forma disfarçada, da política de “reorganização” da rede estadual de ensino, que busca esvaziar paulatinamente algumas escolas para justificar seu fechamento. O que governo deve, isso, sim, é fazer a busca ativa pelos estudantes que deixaram as escolas para trazê-los de volta, desmembrar as salas superlotadas e estabelecer o limite máximo de 25 estudantes por classe, entre outras providências. Seria um enorme passo para garantirmos a melhoria da qualidade da educação pública no nosso Estado.

É nesse contexto de dificuldades, lutas e desafios que irão ocorrer as eleições para a Diretoria Estadual da APEOESP, para o Conselho Estadual de Representantes e conselhos regionais nas 94 subsedes do nosso sindicato.

Essas eleições serão históricas, porque, entre as três chapas que concorrerão à Diretoria Estadual, uma delas, a Chapa 1, tem como lema “APEOESP Unida”. Mais que um título, essas palavras representam uma feliz realidade, na qual a Articulação Sindical – corrente à qual pertenço e que é majoritária na atual diretoria – se uniu a diversas outras correntes que autodenominam de oposição e que compõem a direção atual pelo critério da proporcionalidade. É um importantíssimo passo à frente na consolidação da APEOESP, o maior sindicato da América Latina, como legítima representante dos professores da rede estadual e de grande número de municípios paulistas e como ator social no processo de construção da nação que todos almejamos.

Os últimos anos de luta contra retrocessos e ataques, em defesa da democracia, contra golpes e tentativas de golpes da extrema-direita e de participação de todos nós na vitoriosa campanha que derrotou Jair Bolsonaro nas urnas, elegendo o Presidente Lula para seu terceiro mandato como presidente da República, pavimentaram o caminho para a unidade que agora se apresenta na Chapa 1, que será lançada no dia 6 de maio em São Paulo.

Você, leitor, leitora, professor, professora ou que conheça associados e associadas da APEOESP, participe do processo eleitoral da APEOESP ou motive-os a votar no dia 26 de maio. Queremos que nosso sindicato saia ainda mais fortalecido dessas eleições para continuar lutando por educação pública de qualidade, uma pauta que interessa a toda a sociedade.

Artigo assinado por: Professora Bebel, presidenta da APEOESP e Deputada estadual pelo PT

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