Foto: Rodrigo Romeo

Aumento traz índices que vão de 13% a 31%, acima da inflação nos últimos 12 meses.

O Projeto de Lei Complementar que prevê reajuste para as forças de segurança do Estado de São Paulo foi aprovado na noite desta terça-feira (23) pelos deputados estaduais da Assembleia Legislativa. O aumento, inédito para um primeiro ano de governo, foi pensado e estruturado durante meses em conjunto com as polícias Civil, Militar e Técnico-Científica. 

 

“Trata-se do primeiro passo para a valorização dos profissionais da segurança pública, que já apresentam excelentes resultados no enfrentamento da violência no Estado”, disse o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. 

 

A proposta foi formulada com o objetivo de incentivar o ingresso na força policial, fomentar a manutenção na carreira e motivar a progressão. O reajuste salarial traz índices que vão de 13% a 31%, acima da inflação nos últimos 12 meses (abr/22 a mar/23), que foi de 4,65%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).

 

As categorias de entrada na polícia foram as mais impactadas pelo aumento: soldado 2ª classe – passa a receber R$ 4.8521,21 (aumento de 31,62%); escrivão 3ª classe – passa a receber R$ 5.879,68, (aumento de 24,64%); policial técnico-científico 3ª classe – passa a receber R$ 5.526,72 (aumento de 22,19%).

 

O projeto de reajuste salarial foi baseado nas propostas encaminhadas pelas próprias polícias e niveladas pela Secretaria da Segurança Pública para balancear as remunerações e evitar distorções em algumas categorias, que aumentariam a disparidade salarial entre as polícias Civil e Militar e poderiam, inclusive, extrapolar o teto de gastos do orçamento.

 

O impacto no orçamento estadual vai ser de R$ 2,5 bilhões em 2023.

 

O projeto segue agora para a sanção do governador, Tarcísio Freitas.

 

A Deputada Estadual Professora Bebel, votou favorável ao aumento para policiais e barra volta do confisco, e também apresentou emenda parlamentar à propositura, levando o governador Tarcísio de Freitas a encaminhar mensagem modificativa à Assembleia Legislativa, retirando do texto “um jabuti”, que seria a volta do confisco de servidores, aposentados e pensionistas do Estado de São Paulo. 

Nos debates também a deputada Professora Bebel ressaltou, sempre reafirmando seu voto favorável ao projeto, que não era justo que o governador deixasse de fora do reajuste os policiais penais, os trabalhadores da Fundação Casa e diferenciasse o percentual para tenentes e sargentos, este último ponto objeto de emenda do deputado Major Mecca, da base do próprio governo, que a retirou.

 

CONTRA O CONFISCO -- A deputada Professora Bebel, no entanto, nesse processo priorizou uma emenda em particular: aquela que tratava de retirar o confisco nos salários dos policiais aposentados, por entender que não apenas era injusto, como abriria caminho para a volta do confisco salarial de todos os servidores aposentados e os pensionistas. Pressionado, o governador Tarcísio de Freitas encaminhou mensagem modificativa, que, aprovada, estabeleceu a retirada da alíquota de 10,5% que seria descontada da remuneração dos militares ativos, inativos e pensionistas para financiar o pagamento das pensões e da remuneração dos militares da reserva. “Com a nossa emenda e a pressão feita pelas diversas categorias policiais, conseguimos que fosse retirado esse jabuti desse projeto”, conta a deputada Bebel.

 

Texto: SSP e Vanderlei Zampaulo

Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista e Redator RMPTV

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