Foto: Divulgação/ Radialista e Redator RMPTV

O governador Tarcísio de Freitas elegeu-se fazendo críticas ao governo de João Doria. Prometeu, entre outras coisas, revogar a lei complementar 1374/2022, que instituiu o pagamento por subsídio e desmontou a carreira do magistério.

Porém, não apenas não deu nenhum passo no sentido da revogação desta lei, como a vem, aplicando integralmente e, pior, a defende, até mesmo utilizando-se falsa informação, como aquela divulgada pela SEDUC de que os professores poderão atingir um salário de R$ 13 mil por meio da chamada “nova carreira” criada pela LC 1374/2022 – este seria o salário do final desta “carreira”.

Estudos realizados pela Subseção do DIEESE na APEOESP demonstram que um(a) professor(a) levaria 28 anos para atingir o salário final da carreira, isso considerando que vença todos os obstáculos pelo caminho (que são provinhas e avaliações a cada vez que for evoluir nas 15 referências). Além disso, após todos os descontos, o subsídio inicial de R$ 5 mil fica reduzido a no máximo R$ 3,8 mil.

Acessem a calculadora elaborada pelo DIEESE para entender o que mudaria entre seu salário e o subsídio: http://www.apeoesp.org.br/publicacoes/educacao/calculadora/

Essa lei acabou com o direito a quinquênio, sexta-parte e outros adicionais. O tempo de serviço não é fator evolutivo e sim as provinhas e avaliações, que podem ser “calibrados” pelo governo, dificultando a evolução. 

Não acredite em fakenews. Nenhum professor vai ganhar subsídio de R$ 13 mil. Você não é obrigado(a) a aderir ao subsídio.

Artigo assinado por: Professora Bebel, deputada estadual pelo PT e segunda presidenta da Apeoesp

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