Fotos: Antonio Trivelin
CACUÍ é um espaço colaborativo dedicado à disseminação de soluções para enfrentar as emergências climáticas e socioambientais.
O Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação
Florestal e Agrícola) inaugurou no último dia 22 de setembro seu novo projeto, chamado
CACUÍ (Centro de Aprendizagem e Cultura Imaflora). Seu intuito é reunir as
principais lideranças socioambientais, empresariais, do terceiro setor e
pessoas comprometidas com a sustentabilidade para abordar os desafios complexos
do mundo atual, além de fortalecer ações no território piracicabano.
O CACUÍ nasce como uma jornada guiada por
trilhas de imersão que integram um projeto com investimentos de médio e longo
prazo, focada em “Diálogo e Transmissão” na primeira fase. O espaço oferecerá
uma diversidade de cursos, eventos, palestras e oficinas, voltados para o
público interno do Imaflora, parceiros, membros da sociedade civil e
profissionais das áreas de atuação do Instituto, abrangendo tópicos como clima,
agropecuária, florestas e sociobiodiversidade.
Com 170m2, o ambiente tem capacidade
para até 100 pessoas e foi construído com madeira certificada, proveniente de
áreas com manejo florestal sustentável. Seu projeto tecnológico e 100%
sustentável foi desenvolvido pelo estúdio de arquitetura Ipê Amarelo.
“O CACUÍ representa uma etapa significativa na missão do Imaflora de avançar nas práticas sustentáveis e no cuidado ambiental. O centro está pronto para se tornar um polo de referência para aprendizado, colaboração e enriquecimento cultural, onde indivíduos, comunidades, empresas e instituições possam trocar sobre temas socioambientais e contribuir para um futuro mais sustentável”, explica Marina Piatto, diretora executiva do Imaflora.
Marina Piatto, diretora executiva do Imaflora
Contexto e
território local
Solange Kurpiel, coordenadora do CACUÍ, afirma que as ações têm três diferentes objetivos. O primeiro é conectar as iniciativas já realizadas pelas diferentes equipes do Imaflora. O segundo objetivo é possibilitar o estabelecimento de parcerias com diferentes instituições do mundo corporativo, do terceiro setor e de iniciativas educacionais e, assim, se posicionar como um hub, ou seja, um espaço que gera valor por meio de ações e produtos conjuntos.
Solange Kurpiel, coordenadora do CACUÍ
O terceiro objetivo é trabalhar com a comunidade
local. “Há a vocação de implantação e de ancoragem mais comunitária na região
piracicabana, onde o Imaflora está desde a sua fundação. Em parceria com os
atores locais, a ideia é desenvolver projetos que façam sentido no contexto da
região, com as pautas mais urgentes da temática socioambiental local, para nos
inserirmos cada vez mais no território”, completa.
Outras trilhas de
imersão
O projeto CACUÍ envolve ainda outras duas trilhas de imersão. A Trilha 2, voltada a “Exposição e Mediação”, prevê a implementação de um espaço expositivo, com projeção de construção entre 2024 e 2025. O objetivo é desenvolver um circuito de exposição de longa duração, focado na sensibilização cultural às mudanças climáticas e destinado principalmente ao público local, em especial, crianças e adolescentes. Para a Trilha 3, intitulada “Parque de Experimentos”, está prevista a construção de um jardim de experimentos, contemplando espécies da Mata Atlântica e soluções sensoriais que incluam pessoas com acesso e deficiências diferentes.
IMAFLORA EM
NÚMEROS
Área de atuação: 8,1 milhões de hectares
8 países (Argentina, Brasil, Colômbia, Equador,
Guiana, Paraguai, Peru e Uruguai)
62 mil pessoas beneficiadas (entre trabalhadores
rurais, florestais e atendidos pelos projetos)
Mais de 120 colaboradores
Atuação direta com 4.759 empresas e produtores
do setor florestal, agropecuário e de carbono
Sobre o Imaflora
O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e
Agrícola – Imaflora – é uma associação civil sem fins lucrativos, criada em
1995, que nasceu sob a premissa de que a melhor forma de conservar as florestas
tropicais é dar a elas uma destinação econômica, associada a boas práticas de
manejo e a uma gestão responsável dos recursos naturais. O Imaflora acredita
que a certificação socioambiental é uma das ferramentas que respondem a parte
desse desafio, com forte poder indutor do desenvolvimento local, sustentável,
nos setores florestal e agrícola. Dessa maneira, o Instituto busca influenciar
as cadeias produtivas dos produtos de origem florestal e agrícola; colaborar
para a elaboração e implementação de políticas de interesse público e,
finalmente, fazer, de fato, a diferença nas regiões em que atua, criando ali
modelos de uso da terra e de desenvolvimento sustentável que possam ser reproduzidos
em outros municípios, regiões ou biomas do País. Mais informações: https://www.imaflora.org/
Texto: Rafael Bitencourt
Publicação: Enzo Oliveira/ Radialista e redator
RMPTV