Arte: Divulgação
Por meio de um questionário on-line, estudo pretende mapear essa
população para compreender desafios e necessidades de políticas públicas.
Quantos são e como estão os adultos
autistas no Brasil? São perguntas como essas que pesquisadores da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp) pretendem responder com uma pesquisa que acaba
de ser lançada. Trata-se de um questionário epidemiológico de preenchimento
on-line que pretende mapear a população autista acima dos 18 anos para uma
melhor compreensão do tamanho desse público, seus desafios e necessidades de
políticas públicas.
O questionário foi elaborado e será
acompanhado pelos pesquisadores do Ambulatório de Cognição Social Marcos
Mercadante, do Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (TEAMM),
ligado ao Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Unifesp
(EPM/Unifesp).
“Estima-se que haja por volta de 3
milhões de autistas adultos no Brasil baseado em dados de prevalência
internacionais (CDC). O número é expressivo, e temos que conhecer melhor esse
público, de modo que os dados gerados por esse levantamento contribuam para a
elaboração de políticas públicas eficazes e garantia de maior qualidade de vida
para a comunidade de pessoas autistas e suas famílias”, destaca Daniela
Bordini, psiquiatra da infância, adolescência e vida adulta e coordenadora do
TEAMM/Unifesp.
O questionário é simples e demora entre
10 e 15 minutos para ser respondido. As questões são diretas, de fácil
entendimento e auxiliarão os pesquisadores a saber quantos são e como estão os
autistas adultos do país. “Hoje, temos ampla divulgação do quadro clínico e
terapias para o atendimento de crianças autistas, porém, as pesquisas e
tratamentos, tanto medicamentosos quanto terapêuticos, são bastante escassos no
que tange a vida adulta. Por isso, precisamos tentar alcançar o máximo de
pessoas em todas as regiões do Brasil, de todos os níveis de suporte, para que
nossa amostra seja representativa e os dados mais confiáveis”, ressalta
Daniela.
“Ao conhecer melhor a situação real dessa
população nessa fase da vida, bem como suas necessidades, destaca a
coordenadora do TEAMM/Unifesp, poderemos colaborar com delineamento de
propostas de atendimento, moradias, inclusão nas escolas técnicas, universidades
e mercado de trabalho, assim como a capacitação de profissionais que trabalhem
diretamente com esse público de pessoas adultas. Com informação e união da
sociedade, conseguirmos lutar por maior qualidade de vida, dignidade e respeito
aos autistas”.
O questionário pode ser acessado pelo QR Code localizado no banner abaixo ou por este link
Publicado por Danilo Telles, Jornalista da Rádio Metropolitana