Foto: Divulgação/ Vanderlei Zampaulo
Parlamentar também criticou a
centralização do voto em um único local.
Neste último domingo, primeiro
de outubro, ao participar da votação para escolha dos novos conselheiros do
Conselho Tutelar de Piracicaba, a deputada estadual Professora Bebel (PT) não
poupou críticas à administração do prefeito Luciano Almeida (PP) por ter optado
pelo voto impresso, ao invés das urnas eletrônicas, como fez a maior parte dos
municípios da região. A opção pelo voto impresso e a centralização da eleição
no Ginásio de Esportes Waldemar
Blatskauskas, no Bairro Alto, dificultaram o acesso da população e os
eleitores que decidiram participar da eleição demoraram mais de uma hora e meia
para registrar o seu voto. “Com todo respeito aos organizadores, estava uma
bagunça”, destacou a parlamentar.
A centralização do voto em um
único local e a utilização do voto impresso, como constatou a deputada, geraram
muitas reclamações por parte da população. “Reclamação com razão. Nós avançamos
anos luz no que diz respeito ao voto eletrônico. A gente costuma fazer
eleições, e pouco depois das cinco horas da tarde, quando se encerra a votação,
praticamente, já se sabe o resultado. O Brasil é um modelo exemplar para o
mundo e Piracicaba optou pelo voto impresso”, lamentou.
Enquanto nas eleições gerais e
nas municipais se utiliza o voto eletrônico, em Piracicaba, apesar de a Justiça
Eleitoral colocar as urnas eletrônicas à disposição para a realização da
eleição dos novos conselheiros tutelares, a Prefeitura da cidade optou por
fazer o voto impresso. “Só tenho a lamentar esse processo mal feito aqui em
Piracicaba, que deveria ser modelo pra toda região. Nós fomos em Americana,
está tudo correndo direitinho, Limeira esttá correndo direitinho, Águas de São
Pedro poderia até fazer assim, de forma impressa, mas também fez uso da urna
eletrônica. Então é uma vergonha o que ocorreu em Piracicaba, com as pessoas
ficando uma hora e meia na fila para dar o seu voto”, criticou.
Se a votação fosse
descentralizada, em diversas regiões da cidade, a Professora Bebel diz que
certamente a participação popular seria muito maior. “A centralização da
eleição no ginásio de esportes dificulta a mobilidade da população”, destacou.
Para Bebel, o poder público
municipal não deu o devido valor a este processo ao não tomar medidas para
facilitar o acesso da população, como a descentralização das votação e a
utilização da urna eletrônica. “O poder público demonstrou falha ao não fazer
uma campanha bem feita do que significa a importância do Conselho Tutelar e do
papel dos conselheiros tutelares. É lamentável que o senhor prefeito nem pra
isso serviu”, criticou a deputada Professora Bebel, que também fez questão de
cumprimentar a todos que participaram do processo, apesar dos empecilhos, assim
como os conselheiros eleitos.
Texto: Vanderlei Zampaulo