Fotos: Danilo Telles /
Divulgação
O Partido Verde, com o apoio
do Mandato Coletivo realizaram uma manifestação na Praça Antônio Pádua Dutra,
no centro da cidade.
Vinte (20) árvores saudáveis
foram arrancadas pela prefeitura de Piracicaba da praça; Segundo o PV e
apoiadores a supressão foi injustificável e absurda, pois, na visão deles
destruir árvores para construir estacionamento. Eles foram contrários à
destruição das árvores e da Praça, principalmente com o aumento das mudanças
climáticas, em que o mundo precisa de mais sombra e espaços arborizados.
Ainda, segundo os responsáveis pelo ato, o projeto de acabar com a Praça também foi uma espécie de limpeza social e que essa não é a solução; Cidadania e dignidade no atendimento as pessoas em situação de rua, atendimento com políticas públicas, projetos de inclusão e transferência de renda sim, essas são ações para a população em situação de rua e não destruir uma Praça histórica.
Relembre o caso:
A Prefeitura de Piracicaba cortou cerca de 20 árvores da Praça “Antônio de Pádua Dutra”, ponto conhecido pela “Feira do Rolo” no Centro da cidade, e construiu um estacionamento no local. O espaço, que fica entre as Ruas XV de Novembro e Moraes Barros, é um dos pontos mais movimentados da cidade e passagem de pedestres até o Terminal Central de Integração (TCI).
(Antes)
De acordo com informações da Prefeitura de Piracicaba e em resposta a um pedido de explicações sobre os cortes das árvores, feito pela Câmara em 4 de setembro, as espécies suprimidas da praça foram: Aceroleira, Aldrago, Goiabeira, Árvore-do-chá, Monguba, Resedá, Jacarandá, Citrus, Mangueira, Sabão de Soldado, Ficus e Canelinha.
(Depois)
Requerimento
Em resposta ao requerimento
740/2023, enviado à Prefeitura pela Câmara sobre realização de estudo técnico e
planejamento antes do corte das árvores na Praça “Antônio de Pádua Dutra”, a
Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Simap) respondeu, no último
dia 12 de setembro, que houve acompanhamento de profissional especializado da
pasta.
“[...] houve vistoria técnica
pelo engenheiro agrônomo do setor de arborização no dia 10 de agosto de 2023. O
deferimento de corte das árvores foi devido à expansão do estacionamento no
local”, comunicou no documento.
Ainda em resposta ao
requerimento movido pelos parlamentares do Mandato Coletivo “A Cidade É Sua!”
(Partido Verde) – Silvia Morales, Jhõao Scarpa e Pablo Carajol, juntamente com
o vereador Pedro Kawai (PSDB), a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes
(Semuttran) respondeu que houve planejamento e que:
"A remodelação da praça
visa atender a demanda de melhorias na mobilidade urbana no trecho, aumentando
a capacidade de estacionamento para motos e carros, além da abertura da rua que
conectará com à Rua Moraes Barros, promovendo maior fluidez e segurança aos
usuários", afirma a pasta.
A Semuttran afirma que, como a
Praça não possui "status de patrimônio histórico ou tombado", não há
exigência da aprovação do projeto. "Além de estar alocada em relevante espaço
do sistema viário que receberá as melhorias que contemplam mais segurança a
mobilidade urbana", finalizou.
A Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Semdettur) afirmou, em resposta
ao requerimento, que a Feira do Rolo "se desfez ao longo do tempo, desde
que houve o cadastro dos interessados" e que o local se tornou ponto de
venda de ilícitos.
"Com o passar dos dias, com a maior incidência de pessoas que comercializando produto provenientes de roubos e furtos, foi intensificado a ronda da Policia Militar. Acreditamos que isso também tenha dissipado os comerciantes da Feira do Rolo. Atualmente, nenhum dos cadastrados está em dia com o recadastramento, sendo, portanto, feito o cancelamento do cadastro, conforme orientação na Lei Complementar 178/2006", esclareceu.
'Inversão de prioridades'
Em artigo enviado à imprensa,
os autores do requerimento afirmam que há uma 'inversão de prioridades' e citam
o Estatuto da Cidade para reforçar a importância da participação da população
em decisões como essa.
"[...] Deveríamos ter
mais praças e melhorar as existentes, e não destruí-las. Fica aqui nossa
indignação e de vários munícipes, que nos procuraram perplexos. Ao nosso ver,
seria bem-vindo um projeto de requalificação da praça, como forma de
valorização desse espaço público de descanso e integração social, ao invés de
descaracterizá-la por completo, em detrimento de estacionamentos",
argumentam.
"O Estatuto da Cidade –
Lei Federal 10.257/2001 e os Planos Diretores, trazem em seus respectivos
textos a necessidade da participação popular nas tomadas de decisões, em
especial sobre os espaços públicos da cidade, que são bens de uso comum do povo.
Deve-se ao povo uma gestão democrática que garanta sua participação e uso dos
espaços públicos para lazer, contemplação, e outros usos", acrescentam os
parlamentares.
Texto: Danilo Telles/ RMPTV
Publicação: Enzo Oliveira/
RMPTV