Foto: Divulgação
“o que me dói mais é ele ter
morrido sem atendimento médico. Tanto que eu o levei naquele hospital e não
deram valor nenhum para meu filho”, disse Rosilda Maria da Silva, tia da vítima,
mas que se considera como mãe. Ela enviou um áudio para nossa equipe enquanto
preparava, abalada, o velório de seu sobrinho, Adelson Francisco de Lima, de 36
anos que morreu no domingo (15) na UPA Vila Cristina.
Adelson, segundo sua cuidadora, tinha problemas mentais e foi levado algumas vezes para a UPA porque não estava bem. Ele teria dado entrada na Unidade na quinta-feira (12) e recebeu alta. Na sexta-feira (13), ele foi levado novamente para a unidade de saúde e o médico teria prescrito um medicamento para ele ficar em casa.
Segundo a família, ele foi medicado em casa, mas neste domingo, o quadro de saúde dele agravou e ele foi levado novamente para a UPA. Os vereadores, Paulo Campos e Cássio FalaPira, estiveram no local. Falamos com o vereador Paulo Campos e ele disse que é um quadro preocupante, porque é o terceiro caso em três meses e que, nestes casos, o médico, vendo que o paciente não melhora, tem que levar para um hospital.
Os dois ficaram de ir atrás de tomar providências, Paulo Campos falou em uma transmissão ao vivo, pelo Facebook, que registraria Boletim de Ocorrência, mas, até o fechamento desta matéria não conseguimos confirmar o registro do BO.
Rosilda disse que seu sobrinho deu entrada na UPA às 12h, o levaram para dentro e ela chegou a pedir que o internassem. O médico que o atendeu, segundo a mulher, pediu a internação, mas um teria dito que não seria necessário. O paciente, de acordo com a mulher, estava com a barriga inchada e não comia.
Quando puseram Adelson na maca, segundo ela, ele passou a convulsionar. “Ninguém fez nada. Estou revoltada e quero Justiça. Eu trouxe meu filho não foi uma vez só e deixaram ele morrer”, reclamou.
Procuramos a prefeitura, que
nos informou que deveríamos procurar a gestão do hospital Mahatma Ganghi. Em
nota o hospital respondeu que: “De saída, é preciso registrar que todas as
queixas formalmente relatadas à gestão do Hospital Mahatma Gandhi nas unidades
de saúde são recebidas e apuradas mediante sindicância interna. Não obstante
isso, em análise ao prontuário do paciente em referência, nota-se que logo no
primeiro atendimento e nos subsequentes foram realizados os exames,
laboratoriais e de imagem, compatíveis com os sintomas, queixas e anamnese;
assim, foi seguida conduta médica e tratamento medicamentoso para sintomático.
Sendo o que havia a relatar para o momento”.
Nós não conseguimos
compreender a resposta, enviamos um novo pedido de esclarecimento, que não foi
respondido até o fechamento desta matéria. Caso seja enviado para nossa redação,
incluiremos a resposta.
Texto: Danilo Telles/ RMPTV
Publicação: Enzo Oliveira/
RMPTV