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Sistema de compartilhamento de dados da Secretaria da Segurança Pública com o evento ajudou a identificar os criminosos.
A Polícia Civil de São Paulo
prendeu dez pessoas foragidas da Justiça desde o início das atividades do
Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1, na última sexta-feira (3), que
aconteceu no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital paulista, até este
domingo (5).
Os presos já haviam sido
condenados ou estavam sob decisão cautelar da Justiça por terem cometidos
crimes de vários tipos, entre eles roubo e pedofilia.
As prisões foram feitas a
partir da identificação dos criminosos no público, o que ocorreu após
compartilhamento de dados entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a
organização do evento.
O sistema, chamado de Muralha
Paulista, foi criado para ser usado em jogos esportivos e foi testado pela
primeira vez em um grande evento internacional.
No caso da Fórmula 1, houve a
colaboração da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) para o
compartilhamento e uso da base de dados para identificar pendências criminais
envolvendo o público estrangeiro.
No entanto, até o momento,
todas as detenções realizadas foram de brasileiros.
O sistema usa algoritmos que
funciona por meio de inteligência artificial para analisar em tempo real as
informações de cadastro do público, gerando alertas para o efetivo policial
empregado no evento, caso algum criminoso ou foragido seja identificado.
O funcionamento é automatizado e cobre todo o evento, desde o momento da compra do ingresso, por exemplo, fazendo a verificação em diversas bases de dados estaduais e federais, como o Córtex, que é uma ferramenta de vigilância e controle compartilhada com o estado de São Paulo pelo governo federal.
Texto: CNN Brasil