Foto: Divulgação

O Partido Verde, criado na Alemanha em 1980, tem as suas origens no movimento ecologista e pacifista do final da década de 1970. No Brasil, assim como em Piracicaba, sua criação se deu no final da década de 80. A sustentabilidade é a linha mestra dos seus 12 valores, a saber: a ecologia; a cidadania; a democracia; a justiça social; a liberdade; o municipalismo; a espiritualidade; o pacifismo; a diversidade; o internacionalismo; a cidadania feminina; e o saber.

E na contramão do desenvolvimento urbano  sustentável, temos visto destruição de praças  em detrimento à privilegio de automóveis, a exemplo do que ocorreu recentemente  na Praça Antônio de Pádua Dutra – mais conhecida como Praça do Rolo - que existia há muito tempo na  Avenida Armando Salles de Oliveira, esquina com Rua XV de Novembro,  onde foram suprimidas arvores saudáveis provocando maior aridez para região central, resultando em uma área super impermeabilizada que, com as chuvas recorrentes, tem sofrido, inclusive, alagamentos no local.

E pasmem: há mais anúncios de corte de árvores. Agora, na Praça Central da cidade, a praça José Bonifácio.

E o pior ainda está por vir: o projeto de um empreendimento imobiliário anunciado nas mídias na antiga Fábrica da Boyes, que é um patrimônio tombado pelo CODEPAC – Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural  de Piracicaba –situado às margens do Rio Piracicaba, com uma massa arbórea existente, de grande valor ambiental, tanto na propriedade como em seu entorno. A “Boyes” é uma construção fabril de 1874, que faz parte da história de nosso município, inclusive com um legado deixado pelo saudoso Luiz de Queiroz, como retratou o artigo da Profª  Drª Thais Vieira - Diretora da ESALQ, publicado no dia 27 de Outubro no Jornal de Piracicaba.

Além disso, em seu entorno situam-se vários patrimônios tombados, como a Casa do Povoador, o Palacete da Boyes, o Museu da Água e o próprio Engenho Central.

Defendemos que tal patrimônio tenha um projeto que leve em consideração esta ambiência descrita acima, que considere o Projeto Beira Rio anteriormente proposto, com uso mais possível voltado ao público, um projeto para cidade, e não um projeto que privilegie alguns poucos.

E como a nossa própria Carta Magna, o Estatuto da Cidade e o objetivo principal da sustentabilidade nos trazem, devemos lutar sempre por uma cidade justa, democrática e sustentável, e encontrar o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação, buscando a qualidade de vida a toda população piracicabana.

Artigo assinado pelo Partido Verde.

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