Foto: Divulgação/ Governo de SP
Mandados expedidos pela 3ª Vara Criminal de Rio Claro (SP) autorizam buscas nas cidades de São Paulo, Rio Claro, Piracicaba, Vinhedo, Itu, Itapetininga, Sorocaba, Guarulhos, Araguaína (TO) e Palmas (TO). Grupo Tatuzinho diz que atua dentro da legalidade e que colabora com as autoridades.
Uma operação faz buscas e
apreensões contra suspeitos de participar de um esquema de sonegação de mais de
R$ 300 milhões no ramo de bebidas em São Paulo. O alvo é o grupo Tatuzinho,
dono das cachaças Velho Barreiro, Tatuzinho e 3 Fazendas.
Em nota, a empresa informou que "atua dentro da legalidade, cumprindo rigorosamente suas obrigações tributárias e fiscais". Disse ainda que não teve acesso aos autos sobre a operação e que está colaborando com as autoridades. (veja abaixo o posicionamento completo).
São 18 mandados expedidos pela 3ª Vara Criminal de Rio Claro (SP) em endereços de empresas e pessoas físicas nas cidades de São Paulo, Rio Claro, Piracicaba, Vinhedo, Itu, Itapetininga, Sorocaba, Guarulhos, em São Paulo, Araguaína (TO) e Palmas (TO).
Investigação
A operação é realizada pela Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) - em conjunto com o Grupo de Atuação Especial do Ministério Público Estadual (Gaeco), a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a Receita Federal e com o apoio das Polícias Civil e Militar.
Segundo o Ministério Público, as investigações foram iniciadas em 2019. O grupo industrial teria utilizando reiteradamente de simulação de operações interestaduais com o objetivo de reduzir o valor do ICMS devido pelas operações próprias e por substituição tributária (ICMS ST).
Foram também identificados indícios de lavagem de dinheiro por meio do uso de empresas de participação e fundos de investimento em nome de terceiros, falsidade ideológica associada à constituição de empresas em nome de laranjas e associação criminosa.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsidade ideológica, além das sanções administrativas após a constituição do crédito tributário.
A Operação Thunder foi assim batizada em alusão ao termo utilizado pelos fraudadores ao referenciarem os pedidos de compras em notas fiscais relativas às operações simuladas.
Veja a nota da empresa Tatuzinho na íntegra:
“A Tatuzinho, empresa brasileira atuante no segmento de bebidas quentes, com mais de 60 anos de tradição e qualidade, manifesta seu inconformismo com o envolvimento de seu nome em operação realizada por autoridades do Estado de São Paulo.
A empresa esclarece que atua dentro da legalidade, cumprindo rigorosamente suas obrigações tributárias e fiscais, e que ainda não teve acesso aos autos que motivaram os fatos objeto da fiscalização. A Tatuzinho informa que está colaborando com as autoridades competentes para esclarecer os fatos.
A Tatuzinho se coloca à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.”
Texto: G1