Fotos: Divulgação

Morador já foi picado por um dos escorpiões e procurou a UPA Vila Cristina.

Na última semana, a equipe de jornalismo da Metropolitana de Piracicaba recebeu denúncias de moradores da Rua Fernão Dias Paes Leme, do bairro Jaraguá, que disseram estar sofrendo com uma infestação de escorpiões.

Um morador nos contou ter matado ao menos vinte deles. Em uma das ocasiões, ele foi picado e teve de procurar a UPA Vila Cristina.

Em imagens, é possível ver a quantidade exorbitante dos peçonhentos e o perigo que sua presença traz.




Segundo informações dos moradores, os animais estão entrando pelo ralo do banheiro. Eles procuraram o 156 (Serviço de Informação à População de Piracicaba) e foram informados de que nada poderia ser feito, da mesma forma, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).




Procuramos a Prefeitura de Piracicaba a fim de cobrar a solução e saber quais medidas devem ser tomadas nestes casos. Em nota, a prefeitura nos respondeu:

"A Secretaria de Saúde informa que não encontrou em seus registros o protocolo de pedido de orientações para o endereço citado pela reportagem, no entanto, a partir desta informação, equipes da Prefeitura, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), farão visita nos próximos dias na região citada para ações educativas e orientação à população sobre animais peçonhentos.


De acordo com CCZ, Piracicaba é, naturalmente, endêmica para ocorrência natural de escorpiões devido a sua geografia, condições hidrográficas, geológicas, climáticas e ambientais uma vez que os escorpiões se adaptaram a utilizar a rede de esgoto como ambiente ideal para viver. Ali há fartura de alimento (baratas e outras pragas), condições ideais de umidade e temperatura e onde não há predadores para eles. Assim, vivem perfeitamente nesses locais, onde se abrigam, se reproduzem, se locomovem, e por onde têm acesso ao interior dos imóveis através dos ralos e sistemas de esgoto da cidade.


Desta forma, a Prefeitura mantém o trabalho de desinsetização para controle de baratas nos bueiros das ruas e avenidas do município, sendo um meio eficaz para o controle de escorpiões, pois elimina a principal fonte de alimento desses animais no ambiente urbano. As ações educativas também são constantes com a realização de palestras a respeito da biologia e controle de escorpiões em escolas públicas municipais e estaduais, além das particulares do município, bem como em empresas e demais instituições que fazem esta solicitação.


A Secretaria de Saúde reforça que todo trabalho do CCZ com relação aos escorpiões é feito baseado nos protocolos do Instituto Butantan (SP), que preconizam a prevenção, por meio do controle físico do ambiente. Dessa maneira, a orientação é que quintais, jardins, terrenos e áreas verdes ou áreas naturais de ocorrência de animais peçonhentos devem ser mantidos constantemente limpos, sem mato alto, lixo ou entulho, já que os escorpiões se abrigam nessas vegetações ou materiais, podendo invadir as residências próximas, ocasionando acidentes.


Além da prevenção externa, é preciso se atentar aos cuidados dentro da residência, mantendo bem fechados todos os ralos internos e externos ao imóvel, com grelhas do tipo abre/fecha ou telas de nylon sob as grelhas de escoamento de água de chuva; deve-se vedar as soleiras das portas; conservar o quintal, jardim, despensas, garagens e porões sempre limpos, com mato sempre cortado, evitando acumular materiais nesses locais. Também é importante manter o material de construção, madeiras e garrafas empilhados longe do chão, da parede e do teto, e em local bem arejado, promovendo sempre a mudança de local desses materiais; fechar todas as frestas existentes nas paredes ou pisos da residência. Além disso, é importante sacudir roupas, toalhas e calçados antes de usar, não deixar camas e berços encostados na parede.


A SMS esclarece que aracnídeos, em geral, são muito resistentes aos produtos químicos, mas os escorpiões, em especial, possuem mecanismos quimiorreceptores que captam moléculas no ambiente. Assim, o uso de inseticida, além de não conseguir fazer um controle da população desses animais em um ambiente, promove o desalojamento de seus abrigos, fazendo com que eles procurem locais fora dele, favorecendo a maior ocorrência de acidentes ou agravos com pessoas ou animais.


Em caso de acidente (picada) com escorpiões, a orientação é lavar o local com água e sabão, fazer compressa de água morna no local, procurar atendimento médico, imediatamente, em um pronto-socorro mais próximo do local da ocorrência. No caso de crianças até 10 anos de idade, devem ser encaminhados diretamente à Santa Casa de Piracicaba ou à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Cristina, que são referência na cidade neste tipo ocorrência.


Outras informações e orientações sobre prevenção, educação e orientação sobre animais peçonhentos deve ser buscadas pelo SIP 156 (telefone, site ou app) e, caso seja necessário, equipe do CCZ agendará uma visita ao local. Além disso, o CCZ também pode ser acionado por meio do telefone (19) 3427-2400."


Matéria em atualização.


Texto e publicação: Enzo Oliveira/ RMPTV

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