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Investimentos em 2023 chegam a R$ 724,1
milhões. Reconhecimento é o primeiro passo para retomada da certificação de
país livre da doença
Há 74 semanas sem confirmação de novas ocorrências, o Brasil obteve
a elevação de status de “país endêmico” para “país pendente de reverificação”
do sarampo. A mudança foi anunciada durante a Terceira Reunião Anual da
Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, da
Rubéola (SR) e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), promovida pela Organização
Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), realizada entre os dias 13 e 17 de novembro,
em Brasília.
Desde 2020, o país apresenta queda no número de casos
de sarampo com 20.901 registros, em 2019; 8.100, em 2020; 670, em 2021; e 41,
em 2022. O último caso foi confirmado em junho de 2022, no Amapá.
O Ministério da Saúde realiza ações conjuntas com
estados e municípios para interromper a circulação do vírus do sarampo nos
quatro estados com maior transmissão em 2022: Amapá, Pará, Rio de Janeiro e São
Paulo. Somente em 2023, foram investidos R$ 724,1 milhões em ações de
vigilância em saúde, laboratórios estaduais, imunobiológicos, capacitações e
imunização, com estratégias de microplanejamento e multivacinação.
A nova condição permite que o Brasil inicie o
processo de recertificação de país livre de sarampo; categoria suprimida em
2019. O intenso fluxo migratório de países vizinhos associado às baixas
coberturas vacinais em vários municípios, em 2018, permitiu a reintrodução do
vírus da doença no país. O Brasil havia recebido a certificação de país livre
da doença em 2016.
Segundo Éder Gatti, diretor do Departamento de
Imunização e Doenças Imunopreveníveis, a comissão reconheceu o esforço
brasileiro na recuperação das coberturas vacinais. “Foi recomendado que
continuemos com o microplanejamento como estratégia de fortalecimento da
vacinação nos municípios. É preciso reconhecer o trabalho desenvolvido por
estados e municípios no combate ao sarampo”, afirmou. “Além de seguir com o
fortalecimento da vacinação, vamos seguir intensificando a vigilância das
doenças exantemáticas, para que o Brasil continue livre do sarampo e da rubéola
congênita”.
Participaram do evento representantes do Ministério
da Saúde do Brasil e da Venezuela; da Câmara Técnica Nacional de Especialistas
de Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita; e da Comissão Regional de
Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, da Rubéola e da
Síndrome da Rubéola Congênita.
Também houve a participação online dos Ministérios da
Saúde da Argentina, da Bolívia, do Canadá, do Chile, da Colômbia, da Costa
Rica, de Cuba, de El Salvador, do Equador, dos Estados Unidos, da Guatemala, do
Haiti, de Honduras, do México, da Nicarágua, do Panamá, do Paraguai, do Peru,
da República Dominicana e do Uruguai, além de países do Caribe de língua
inglesa e territórios franceses nas américas.
Texto: Ministério da Saúde
Publicação: Enzo Oliveira/ RMPTV