Foto: Justino Lucente
Luana Ap. Lima de 41 anos,
morreu domingo (19), após procurar por diversas vezes a UPA “Nestor Longatto”,
no bairro Vila Sônia e ser liberada.
A família que ainda está muito
abalada alegou negligência por parte dos médicos da UPA, a UPA Vila Sônia é
gerida pela OSS Mahatma Gandhi, empresa terceirizada pela prefeitura, a mesma
empresa faz a gestão médica da UPA Vila Cristina, onde ao menos cinco pessoas
já foram a óbito após atendimento no local.
Segundo informou familiares de
Luana, ela foi cinco vezes à UPA, os médicos que a atenderam alegavam crise de
ansiedade e a liberava para ir embora. Durante o enterro, um familiar informou
que Luana na verdade estaria infartando e que por essa razão ela se queixava de
dor e falta de ar.
Luana morreu na UPA Vila Sônia
no domingo (19) e foi enterrada no cemitério da Vila Rezende na segunda (20).
Ela deixa dois filhos, um de
14 e outro de 21 anos, amigos e familiares.
O que disse a OSS Mahatma
Gandhi
“A Associação Mahatma Gandhi
vem por meio desta, informar sobre o atendimento realizado em nossa Unidade de
Pronto Atendimento à paciente Luana Aparecida de Lima, 41 anos de idade, que
faleceu na Unidade de Pronto Atendimento Vila Sônia, em 19/11/2023.
Neste momento inicial, é
importante destacar que, conforme as avaliações preliminares, todos os
protocolos técnicos e médicos foram integralmente seguidos pela equipe médica.
A adesão estrita às diretrizes clínicas estabelecidas para os casos apresentados
foi constatada, sobretudo considerando o quadro clínico preexistente. Ainda
assim, reconhecendo a seriedade do caso e visando garantir a máxima qualidade e
segurança em nossos serviços, a AMG já iniciou uma investigação interna
detalhada, para analisar os documentos internos, prontuários médicos, além de
colher informações com os funcionários, responsáveis pelos atendimentos à
referida paciente. Esta investigação tem como objetivo principal identificar se
houve alguma falha nos procedimentos aplicados ao paciente”.
Outro ponto
Na quarta-feira (22), a UPA
Vila Cristina conseguiu salvar uma menina de 6 anos, ela foi picada no pescoço
por um escorpião, a vítima chegou à unidade queixando-se de dor intensa, com
quadro de vômitos coercitivos, taquicardia, agitação e com elevação da pressão
arterial. O estado clínico da criança no momento em que chegou a UPA era
moderado, mas evoluiu rapidamente para grave.
Segundo o Diretor Técnico da
UPA, Dr. Robert Castro, foi realizado um atendimento em conjunto com uma
enfermeira e enquanto a colaboradora coordenava a assistência à criança, o
médico já a estava inserindo no sistema de regulação e entrando em contato com
o SAMU (serviço de atendimento móvel de urgência).
Em menos de 10 minutos do
início do atendimento, foi administrado o soro antiescorpiônico com acesso
intravenoso e anestésico local e, quase que imediatamente, a paciente
apresentou melhora clínica.
Quando a equipe do SAMU chegou
à unidade de pronto atendimento, a criança estava estabilizada clinicamente,
mas inspirava cuidados e observação.
Após todo esse processo, a criança foi transferida, fora de perigo, para a Santa Casa de Misericórdia de Piracicaba.
Texto: Danilo Telles/ RMPTV
Publicação: Enzo Oliveira/ RMPTV