Foto: Divulgação/ Polícia Federal
A
Polícia Federal de Campinas cumpriu quatro mandados de busca pessoal, um de
busca e apreensão e um de prisão preventiva nas cidades de Valinhos e Itatiba
visando combater o tráfico internacional de bebês recém-nascidos brasileiros, a
partir do estado de São Paulo, para o continente europeu.
As
investigações começaram a partir de informações de que um bebê recém-nascido em
Valinhos havia sido abandonado pela mãe e registrado como filho de um homem de
nacionalidade portuguesa.
Com
a suspeita de um possível tráfico internacional de bebês foi verificado que, em
menos de um mês, o homem havia registrado no mesmo hospital uma outra
recém-nascida como sua filha.
Segundo
a PF, os registros de paternidade, que se deram por meio de documentos falsos,
eram acompanhados de pedidos de guarda unilateral dos bebês, o que lhe
permitiria sair do país sem a mãe.
O
investigado teria viajado quatro vezes do Brasil para Portugal nos anos de
2015, 2021 e duas vezes em 2023. Na última saída do país, no dia 24 de outubro,
o suspeito levou uma recém-nascida, com menos de um mês de vida, para a Europa
e, agora, retornou para o Brasil sem ela, possivelmente para buscar este outro
bebê.
Pelos delitos apurados até o momento, os envolvidos poderão responder pelos crimes de tráfico internacional de crianças, registro falso, entre outros delitos que serão definidos após a análise do material apreendido, podendo a pena ultrapassar 18 anos.
Foto: Polícia Federal de Campinas
Agora,
as investigações continuam para identificar as demais possíveis pessoas
envolvidas nos crimes. Além disso, já foram iniciados os contatos com a Polícia
Federal em Portugal, para resolver a situação e tentar localizar o bebê
recém-nascida levada para a Europa. Solicitação de cooperação policial foi feita
a Portugal para auxiliar na localização da criança já levada para a Europa. O
cidadão português foi preso, marcando um avanço significativo na operação.
A Polícia Federal continua suas investigações para identificar outros envolvidos no esquema e proteger as crianças afetadas.
Texto: Da redação
Publicação: Enzo Oliveira/ RMPTV