Foto: Guilherme Leite / Reprodução
Equipe da CPI trabalha no texto do relatório
final durante o recesso para apresentação do documento nas primeiras semanas de
fevereiro.
O
início do recesso parlamentar, nesta sexta-feira (15), não representa pausa nos
trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Caso Jamilly. Após a
realização de oitivas, análise de documentos e diligências, desde setembro, o
relatório final das investigações está em elaboração e vai continuar no período
do recesso. O presidente da CPI, vereador Acácio Godoy (PP), disse que a
expectativa é que o documento final seja apresentado na primeira quinzena após
o retorno dos trabalhos legislativos, no início de fevereiro. O relatório deve
ser lido em Plenário, durante a reunião ordinária, para conhecimento dos
vereadores.
“Não
tem recesso pra gente, apenas das sessões camarárias porque a gente está agora
produzindo o relatório final para apresentar ao Plenário, aos vereadores, à
sociedade”, disse Acácio Godoy. “Vamos encaminhar o relatório às autoridades,
como ao Ministério Público. Mas principalmente devemos uma resposta à família
da Jamilly”. A CPI possui como relator o vereador Gustavo Pompeo (Avante) e
como membros os vereadores Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, Pedro
Kawai (PSDB) e Paulo Camolesi (PDT).
A
menina Jamilly Vitória Duarte, de 5 anos, morreu no dia 12 de agosto, após ser
picada por escorpião. A CPI investiga, principalmente, o fato de Jamilly ter
passado por um primeiro atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da
Vila Cristina, mas não ter recebido o soro antiescorpiônico na unidade. A UPA é
referência para casos de picadas de escorpião e, desde 1º de julho, é
administrada pela OSS (Organização Social de Saúde) Mahatma Gandhi.
A
CPI constatou que, na noite do atendimento a Jamilly, o local estava abastecido
com o soro antiescorpiônio, que não foi ministrado na criança. A equipe se
dedicou à transferência da paciente para a Santa Casa, onde ela recebeu o soro,
mas morreu no dia seguinte. O relatório vai apontar todas essas as contradições
identificadas a partir dos depoimentos de profissionais de saúde que
participaram do atendimento.
Desde
o encerramento da fase de tomada de depoimentos, no fim de novembro, a equipe
da CPI tem se reunido para a elaboração do texto final. “É um relatório muito
técnico e tem várias questões de legalidade para resultar nos efeitos que nós
esperamos, indicar responsabilidades, melhorias e falhas e acertos no processo
de atendimento da Jamilly. Na volta (do recesso), a gente tem condições de
apresentar o relatório na primeira quinzena de trabalhos”, avaliou Acácio
Godoy.
Texto: Câmara Municipal de
Piracicaba
Publicação: Enzo Oliveira/ RMPTV